Bobi, que no ano passado foi considerado o cachorro mais velho do mundo pelo Guinness, teve o título temporariamente suspenso para revisão após questionamentos sobre sua idade.
Um porta-voz do livro dos recordes afirmou ao jornal português Público que a medida vale até a conclusão da investigação sobre o caso.
O cachorro, que vivia em Portugal, morreu em outubro passado, aos 31 anos e 165 dias, afirmou o Guinness. O título, porém, foi concedido em fevereiro, com a marca de 30 anos —na ocasião, foi anunciado que Bobi era considerado o cão mais idoso vivo e também o mais velho entre todos os registros da publicação.
Conteúdos relacionados:
- Cachorro morto é transformado em tapete na Austrália
- Nasce 1º clone de macaco-reso com transplante de placenta
- Hipopótamo pigmeu nasce em zoológico da República Tcheca
Pouco após a morte, porém, a longevidade do animal foi alvo de questionamentos de veterinários.
Danny Chambers, veterinário e membro do conselho do Royal College of Veterinary Surgeons, disse ao jornal britânico The Guardian que nenhum dos seus colegas acredita que Bobi tinha 31 anos.
"Isto equivale a um ser humano viver mais de 200 anos", afirmou, pedindo provas sobre a idade do cachorro. "Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias", continuou.
À época, um porta-voz do Guinness disse ao jornal que a publicação estava ciente das dúvidas e investigando o caso.
Nesta terça (16), o site do Público afirmou que a apuração continua e que o título foi temporariamente suspenso. Por email, um porta-voz do livro dos recordes disse que a medida vale até que todas as conclusões estejam reunidas.
No site do Guinness, porém, informações sobre o recorde permanecem inalteradas.
De acordo com a publicação, Bobi é um rafeiro do Alentejo. A expectativa de vida da raça fica entre 12 e 14 anos.
Ao anunciar o recorde, o Guinness afirmou que a data de nascimento de Bobi havia sido confirmada pelo serviço médico veterinário do município de Leiria e também verificada pelo banco de dados do Siac (Sistema de Informação de Animais de Companhia) de Portugal.
Ainda segundo o jornal português, o serviço médico veterinário municipal disse ter emitido apenas um certificado de residência para o animal em 2022, indicando que vivia no distrito. Já o tutor, Leonel Costa, afirmou ter enviado as provas que o Guinness pediu para verificar a idade do cachorro e disse não ter sido procurado pelo livro de recordes sobre as dúvidas que surgiram.
Entre as contestações, está o fato de os registros serem baseados em informações de tutores.
Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp
Segundo os registros, Bobi nasceu em 11 de maio de 1992, era descrito como muito sociável e morava em uma área rural de Leiria. Seu último aniversário foi comemorado com festa, comida preferida, música e bolo para os convidados.
Desde o registro do Guinness, recebeu inúmeras visitas e posou para fotos.
O cachorro morreu dia 20 de outubro, em uma clínica. "Foi uma luta dura e só um guerreiro como ele podia ter aguentado este tempo", disse na ocasião o tutor ao português SIC Notícias.
Segundo Costa afirmou à publicação, Gira, a mãe de Bobi, viveu até os 18 anos; e Chicote, outro cão da família, até os 22.
Antes de Bobi, o título de cachorro mais velho de todos os tempos era do pastor australiano Bluey, que morreu em 14 de novembro de 1939, aos 29 anos e 5 meses.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar