No final do século XIX, a descoberta das Múmias do Tarim, na região autônoma dos Uigures de Xinjiang, China, lançou os pesquisadores em um mistério cultural de proporções inimagináveis. Durante escavações em cemitérios ao longo da bacia do rio Tarim, foram desenterrados corpos naturalmente mumificados e datados de milhares de anos.
Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que essas múmias eram migrantes indo-europeus. Isso ocorreu em vista da preservação de características como estilos de cabelo, vestimentas e acessórios dos cadáveres.
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As centenas de múmias descobertas datam desde 500 a.C. até cerca de 2.100 a.C. Exibem características distintas, como cabelos louros, castanhos e ruivos e narizes proeminentes. Suas vestimentas foram confeccionadas com lã, pele ou couro de bovinos, e a presença de feltro ou tecido sugere alguma influência da cultura da Europa Ocidental.
Contudo, novas análises de DNA surpreenderam os pesquisadores ao revelar que os corpos pertenciam a um grupo étnico indígena da região, geneticamente diferente das populações vizinhas. No entanto, a história e cultura dessas pessoas continuam envoltas de um grande mistério.
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Entre as múmias notáveis, destacam-se o Homem Chärchän, alto com cabelo avermelhado e barba densa, enterrado com uma saia xadrez, e a Princesa de Xiaohe, uma mulher de 3.800 anos com cabelos claros, maçãs do rosto proeminentes, cílios preservados, roupas finas e joias.
Apesar de serem conhecidos como múmias, esses cadáveres não passaram por rituais de mumificação como os do antigo Egito. Sua notável preservação é resultado de uma decomposição extremamente lenta, quase inexistente, devido ao ambiente frio, seco e salgado da bacia do rio Tarim.
Conheça mais sobre as múmias do Tarim:
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