Eleito papa em 2013, Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa nascido no continente americano em dois milênios de existência da Igreja Católica Apostólica Romana. O religioso também foi o primeiro da história a adotar o nome Francisco, o primeiro jesuíta a se tornar o líder supremo do papado da Igreja de Roma.
Nestes mais de 10 anos de papado, Francisco acumula episódios de mudanças de postura em relação aos seus antecessores e aos seguidores da Igreja Católica, como seu tratamento às pessoas da comunidade LGBTQIA+, com os quais já demonstrou grande empatia e solidariedade.
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No entanto, na última semana, o Papa Francisco se viu diante de uma nova polêmica justamente com as pessoas LGBTQIA+. Isso porque uma informação vazada de uma reunião fechada com bispos da Itália deu conta de uma declaração com teor homofóbico vinda justamente do pontífice.
E confirmando os boatos, o porta-voz direto do Papa Francisco anunciou nesta terça-feira (28) um raríssimo pedido de desculpas oficial por parte do Santo Padre. “O papa nunca quis ofender ou se expressar em termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos”, disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, aos jornalistas.
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Segundo informações publicadas pelos jornais italianos Corriere della Sera e La Repubblica, durante reunião a portas fechadas com mais de 200 bispos e demais religiosos da Itália, o papa usou o termo "frociaggine", que pode ser traduzido como "viadagem" ou "bichice".
O contexto da expressão seria um momento em que Francisco pediu aos bispos para que padres assumidamente gays não fossem mais aceitos pela Igreja Católica, pois já haveria "viadagem demais" nos seminários religiosos.
Segundo a agência de notícias Anso, a expressão usada por Francisco teria chocado as cerca de 200 pessoas presentes na reunião. A declaração vai de encontro com uma fala do próprio papa no começo do ano, onde ele, ao comentar sobre a decisão histórica de autorizar a bênção de casais homossexuais pela Igreja, disse que a instituição religiosa deve pegar estas pessoas "pela mão" e não "condená-las".
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