O México se prepara para escolher neste domingo (02) quem será a primeira mulher a assumir a presidência do país. A disputa acirrada entre as candidatas, Claudia Sheinbaum, ex- prefeita da Capital e a senadora indígena Xóchitl Gálvez.
As eleições presidenciais de 2014 trazem um feito histórico nas urnas do país antes mesmo da escolha dos 100 milhões de eleitores, já que é a primeira vez que a figura feminina ocupa o espaço de representação no regime político democrático como presidente da nação.
Quem for eleita, ocupará o gabinete presidencial do Palácio Nacional, no Zócalo, coração da "Ciudad de México". Além da disputa pela chefia do estado, também estão na concorrência 20 mil cargos públicos, incluindo o Congresso e nove dos 32 governantes, além de prefeitos.
Os institutos de pesquisa mexicanos mostram à frente a vitória de Claudia Sheinbaum. A candidata progressista de 61 anos faz parte do Partido Morena, o mesmo do atual presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, de espectro político centro-esquerda e governante do país desde 2018.
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Cenário de violência e incertezas
Apesar do importante dia para a escolha política do país, o México adentra as eleições de 2024 mergulhado em uma crise de violência que se apoia em rastros de medo e insegurança.
O país tem um vasto contexto histórico, fruto de raízes profundas da Revolução mexicana de 1910 e segue sendo dominado pela violência dos cartéis de drogas que dominam extensas regiões e já custou a vida de pelo menos 30 candidatos
Na última quarta-feira, José Alfredo Cabrera Barrientos, 38, foi assassinado em plena luz do dia, durante um comício. Ele foi 24º candidato a ser executado desde o início da campanha, em setembro do ano passado. No sábado (01), autoridades suspenderam as eleições gerais nos municípios de Pantelhó e Chicomuselo, em Chiapas, no sudeste do país, após atos violentos que impediram a instalação de cabines de votação.
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