O arcebispo de Burgos, Dom Mario Iceta, ordenou nesta segunda-feira (24) que dez freiras clarissas excomungadas, que se rebelaram contra o Vaticano, desocupem o convento.
“Dada a excomunhão e a expulsão da vida consagrada, as dez freiras não têm nenhum título legal para permanecer nos mosteiros e edifícios anexos, portanto, terão de deixá-los”, declarou Dom Iceta em uma coletiva de imprensa, dois dias após a excomunhão oficial das religiosas. Ele advertiu que, caso as freiras não saiam voluntariamente em breve, serão tomadas medidas legais para sua remoção.
As freiras, que vivem no Convento de Santa Clara, em Belorado, a 50 quilômetros de Burgos, decidiram abandonar a Igreja e se submeter à autoridade de Pablo de Rojas Sánchez-Franco, um sacerdote excomungado. Sánchez-Franco, fundador da "Pia União de São Paulo Apóstolo", é adepto do sedevacantismo, um movimento que considera como hereges todos os papas posteriores a Pio XII (1939-1958). O arcebispo informou que ele e outra pessoa não identificada estão no convento há cerca de um mês.
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O conflito começou após a anulação da compra de um convento no País Basco espanhol. Em 2020, as freiras chegaram a um acordo com o bispado de Vitória para adquirir o convento de Orduña, mas a venda não se concretizou. As religiosas afirmaram que a transação foi “bloqueada por Roma”.
Dom Mario Iceta não especificou um prazo para a saída das freiras, mas enfatizou que, após a excomunhão, é uma questão de respeito que as religiosas deixem o local onde residem.
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