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Donald Trump descreve atentado: "deveria estar morto"

Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobreviveu a atentado na Pensilvânia e descreveu o incidente como um milagre.

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Imagem ilustrativa da notícia Donald Trump descreve atentado: "deveria estar morto" camera Com sangue no rosto, Trump é retirado do palco de comício em Butler, na Pensilvânia | Reprodução

Um atentado com disparo de arma de fogo na orelha direita no último sábado, dia 13 de julho, feriu e quase tirou a vida do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, candidato na eleição deste ano. Assim como no Brasil, a violência política também é comum na maior economia do mundo.

Segundo uma pesquisa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), cerca de 103 crimes políticos ocorreram durante a reta final das eleições de 2022. Incluindo dez atentados e 13 homicídios. Na história política do Brasil, políticos como Jair Bolsonaro, José Sarney e D. Pedro II foram alvos de ataques por parte de pessoas anônimas.

Após ser vítima do atentado em Butler, na Pensilvânia, Donald Trump afirmou em uma entrevista ao jornal New York Post que 'deveria estar morto' e que a experiência pela qual passou foi surreal.

De acordo com o republicano, o médico que o atendeu disse nunca ter visto alguém sobreviver a um tiro de AR-15, arma de caça utilizada no ataque.

"O médico do hospital disse que nunca viu nada parecido com isso, ele chamou de milagre", afirmou o republicano, dando continuidade às mensagens de cunho religioso que tem proferido após o atentado.

"Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto", disse Trump a Michael Godwin, colunista do tabloide que o entrevistou no domingo (14) a bordo do avião particular do ex-presidente, a caminho de Wisconsin, para a convenção nacional do partido. "Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que ainda estou aqui."

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O republicano afirma que a bala atingiu sua orelha pouco depois de virar a cabeça para ler um quadro com informações sobre migração -o que o teria salvado. Segundo Godwin, Trump usava um grande curativo branco na orelha direita durante a entrevista.

Assim que os tiros soaram no comício, Trump se abaixou, assim como grande parte dos apoiadores na plateia, e agentes de segurança cobriram o republicano com seus corpos. O ex-presidente se disse impressionado com a agilidade dos funcionários e elogiou os funcionários do Serviço Secreto.

"Eles o derrubaram com um tiro bem entre os olhos", disse Trump sobre Thomas Matthew Crooks, 20, apontado como autor dos tiros. "Eles fizeram um trabalho fantástico (...) É surreal para todos nós."

Antes de sair do palco, Trump disse que gostaria de pegar seus sapatos -eles foram arrancados no momento em que a equipe de segurança pulou sobre o republicano para protegê-lo. "Os agentes me bateram com tanta força que meus sapatos caíram, e eles estão apertados", afirmou.

Ao finalmente se levantar, Trump disse que queria seguir seu discurso. "Eu só queria continuar falando, mas tinha acabado de levar um tiro", afirmou. Ao ser encaminhado para fora do palco, levantou o punho e disse "lute" três vezes --momento em que Evan Vucci, fotógrafo da agência de notícias Associated Press, fez uma foto do ex-presidente com a bandeira dos EUA ao fundo.

"Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram", disse Trump ao New York Post. "Eles estão certos, e eu não morri. Normalmente você tem que morrer para ter uma foto icônica."

Os tiros mataram o apoiador Corey Comperatore, 50, e feriram David Dutch, 57, e James Copenhaver, 74, que também estavam na plateia. Questionado por Godwin se iria ao enterro de Comperatore, Trump disse que sim e pediu para seus assistentes conseguirem o número das famílias impactadas.

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