Milhares de libaneses estão deixando o sul do país após os bombardeios israelenses que deixaram 274 mortos nesta segunda-feira (23). Mais de mil pessoas ficaram feridas nos ataques.
A brasileira Fatima Cheaitou, que vive no Líbano, usou as redes sociais para relatar momentos de terror ao tentar fugir da própria casa. “Acordamos com muitas bombas”, afirmou.
Por meio dos stories no Instagram, Fatima aparece dentro de um carro e diz que estava “literalmente rodeada por bombas”. “Bombardearam perto da minha casa e perto da casa dos meus avós na minha cidade”, completou.
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A brasileira ainda pediu para que o caso chegasse ao Itamaraty. “O governo diz que não é responsabilidade deles por terem avisado para não ficar em ‘lugares de risco’, mas nossas casas ficavam (em áreas) relativamente seguras até Israel decidir bombardear”, afirmou a brasileira.
“Estamos bem até agora, presos no trânsito, a autoestrada tá fechada dos dois lados de tanto carro. Faz quase 2 horas que estamos no mesmo lugar”, destacou.
Em Sídon, no sul do Líbano, a principal rodovia que leva à capital, Beirute, registrou um trânsito intenso com vários carros tentando deixar a região. Este é o maior êxodo no país desde a guerra entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, em 2006.
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Segundo o ministro da Saúde do país, Firass Abiad, afirmou que os bombardeios desta segunda-feira atingiram hospitais, centros médicos e ambulâncias. O governo libanês ordenou o fechamento de escolas e universidades em diversos locais do país e iniciou a preparação de abrigos para as pessoas vindas do sul.
As Forças Armadas de Israel afirmaram que atingiram 800 alvos e disseram estar mirando esconderijos de armas do Hezbollah. Os militares também falaram que estão expandindo as áreas dos ataques, incluindo áreas próximas à fronteira com a Síria — local onde o grupo foi fundado em 1982 com a ajuda da Guarda Revolucionária do Irã.
O porta-voz do exército de Isarel, Daniel Hagari, emitiu avisos para que os moradores do Líbano evacuem as áreas onde o Hezbollah guarda armamentos.
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