A 29º Conferência das Partes da Cúpula do Clima (COP29), no Azerbaijão, é uma importante reunião de cúpula para definir os passos dos países-membro das Nações Unidas com relação às mudanças climáticas.
Nesta segunda-feira (11), em reunião, a primeira decisão importante já foi tomada: foi fechado o acordo para criação de um mercado global de carbono, com regras definidas. Com o acordo fechado nesta segunda-feira, o mercado global de créditos de carbono será unificado e regulado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com a definição das regras, os chamados créditos de carbono - obtidos por iniciativas que reduzem ou eliminam a emissão de gases do efeito estufa - terão qualidade e eficácia definidas de forma global.
Mais regras para aprimorar o mercado também devem ser definidas durante a COP29, que acontece até a próxima sexta-feira (22), em Baku, no Azerbaijão.
O que são créditos de carbono
Criados em 1997, pelo Protocolo de Kyoto, os créditos de carbono são um dos mecanismos criados para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de gás carbônico (CO2) emitido por uma nação ou empresa.
Iniciativas capazes de reduzir a emissão de gases do efeito estufa garantem créditos de carbono que podem ser negociadas no mercado internacional. Desta forma, países que não batem a meta de redução da emissão de gases podem comprar créditos de carbono daqueles que o possuem.
Assim, a emissão de gases pode ser mantida dentro das metas definidas pelo Protocolo de Kyoto e pelo Acordo de Paris e, em tese, permitem a redução dos impactos e das mudanças climáticas, garantindo que países que não conseguiram bater as metas de redução (em geral países desenvolvidos) financiem políticas de investimento a fontes de energia renováveis e mitigação das mudanças climáticas naqueles que bateram as metas e possuem créditos de carbono.
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Apesar de ser medido em Dióxido de carbono (CO2), o mercado de créditos de carbono também considera a redução de outros gases do efeito estufa, como Metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), Hidrofluorcarbonetos (HFCs), Perfluorcarbonetos (PFCs) e Hexafluoreto de enxofre (SF6).
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