O governo do Panamá anunciou a retirada do país da Nova Rota da Seda, iniciativa chinesa voltada para investimentos em infraestrutura e cooperação econômica. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, informou que a embaixada do país em Pequim enviou um documento formalizando a decisão, respeitando o prazo de 90 dias previsto no acordo.
Criado em 2013, o programa busca financiar projetos como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, redes de energia e telecomunicações. Na América Latina, a iniciativa abrange 21 países, mas o Brasil não aderiu formalmente.
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A decisão do Panamá ocorre em um contexto de pressão internacional. Na última semana, o presidente panamenho se reuniu com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na Cidade do Panamá. Mulino, no entanto, negou que a saída tenha sido motivada por exigências dos EUA, afirmando que a decisão foi tomada por seu governo.
O governo panamenho e a Autoridade do Canal do Panamá também responderam a declarações do Departamento de Estado dos EUA sobre um suposto "passe livre" para embarcações norte-americanas na hidrovia. Mulino classificou a afirmação como "falsa" e solicitou que o embaixador panamenho nos Estados Unidos tome medidas diante da situação.
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Atualmente, a Nova Rota da Seda inclui projetos em 150 países, sendo 53 na África. Diplomatas chineses já manifestaram interesse em uma adesão do Brasil ao programa, mas o governo brasileiro tem apontado a existência de investimentos chineses no país sem a necessidade de uma participação formal na iniciativa.
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