
Na noite desta quinta-feira (12), Israel bombardeou diversos alvos militares e nucleares no Irã. Segundo as Forças de Defesa de Israel, a ofensiva foi uma resposta preventiva ao que consideram uma ameaça iminente: o avanço do programa nuclear iraniano.
A ação atingiu cidades como Teerã e Tabriz. O principal alvo foi a usina de Natanz, considerada o centro do enriquecimento de urânio do Irã. De acordo com militares israelenses, a instalação sofreu “grandes danos”. Um aeroporto militar em Tabriz também foi bombardeado.
Segundo fontes da operação, o serviço secreto israelense, Mossad, teria atuado com drones para desativar parte das defesas aéreas iranianas antes dos ataques aéreos.
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Motivo do ataque
O governo de Israel afirmou que o bombardeio teve como objetivo frear o programa nuclear iraniano, que estaria próximo de produzir armas atômicas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que “Israel não permitirá que o Irã obtenha armas de destruição em massa”.
A Embaixada de Israel no Brasil reforçou o posicionamento. “O Irã representa uma ameaça existencial” e é “o principal patrocinador do terrorismo global”. O governo israelense ainda acusou o regime iraniano de manter um “extenso e clandestino programa de armas nucleares”, com o objetivo de promover a “aniquilação do Estado de Israel”.
Autoridades de Tel Aviv afirmam que o Irã já possui urânio enriquecido suficiente para produzir até nove bombas nucleares e que um terço desse material foi enriquecido apenas nos últimos três meses.
Mortes confirmadas
A TV estatal iraniana confirmou a morte de duas das mais importantes figuras do setor militar do país: Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Salami era considerado um dos nomes mais poderosos das forças militares do Irã, veterano da guerra Irã-Iraque nos anos 1980 e defensor da eliminação do "regime sionista", como chamava Israel.
Bagheri estava no comando das Forças Armadas desde 2016 e era responsável por estratégias militares e pelo desenvolvimento do programa de mísseis balísticos. Ele foi classificado em 2019, pelo Tesouro dos EUA, como um dos líderes que durante décadas oprimiram o povo iraniano e exportaram o terrorismo.
Além dos militares, dois cientistas nucleares foram mortos nos ataques: Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi. Ambos tinham papéis relevantes no avanço técnico do programa atômico iraniano.
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Resposta iraniana
Em pronunciamento, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, afirmou que Israel enfrentará “um destino amargo” e que a ofensiva será tratada como uma “declaração de guerra”. O governo iraniano também alertou que tanto Israel quanto os Estados Unidos “vão pagar caro” pela ação militar.
O ataque marca um novo patamar na escalada de hostilidades entre os dois países e levanta temores internacionais sobre um possível confronto direto de grandes proporções nos próximos dias.
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