
O resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, presa no vulcão Rinjani, na Indonésia, continua a ganhar traços de dramaticidade ao entrar no terceiro dia de operações.
As equipes de resgate suspenderam as tentativas pelo terceiro dia consecutivo por conta das más condições climáticas da região. A jovem, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na madrugada de sábado (21), e está isolada há mais de 60 horas em uma encosta de difícil acesso.
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A situação da turista brasileira permanece indefinida, mesmo após ser localizada "imóvel" a 500 metros de profundidade, conforme informou a equipe que administra o parque do Monte Rinjani em publicação nas redes sociais.
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As equipes de resgate conseguiram descer apenas 250 metros até ela, ainda distantes de alcançá-la com segurança. Segundo informações da família de Juliana, os socorristas estavam a 350 metros de distância da brasileira quando as condições climáticas forçaram a interrupção do resgate às 16h no horário local (5h no horário de Brasília).
Desafios enfrentados pelas equipes
O resgate tem enfrentado enormes dificuldades de natureza climática, geográfica e logística, que se tornaram o principal obstáculo para a localização e retirada segura.
A administração do parque destacou que a equipe de resgate enfrentou "condições climáticas dinâmicas, com neblina espessa que reduzia a visibilidade e aumentava o risco".
O anoitecer no local também contribuiu para a suspensão dos trabalhos, uma vez que as operações de resgate em terreno montanhoso e de difícil acesso requerem visibilidade adequada para garantir a segurança tanto da vítima quanto dos socorristas.
Acompanhamento da família
A família de Juliana reclama de falta de informações concretas e do lento trabalho por meio de um perfil na rede social Instagram. A irmã da jovem desmentiu informações anteriores sobre um suposto resgate, afirmando que as equipes não conseguiram alcançá-la.
Mobilização diplomática brasileira
O Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, emitiu nota oficial detalhada sobre os esforços diplomáticos para o resgate de Juliana Marins.
Desde que foi acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo.
O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com o Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia. As autoridades locais têm fornecido relatos constantes sobre o andamento dos trabalhos de resgate.
Dois funcionários da embaixada se deslocaram para o local com o objetivo de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate. O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Monte Rinjani.
Leia a nota completa
Relembre detalhes do acidente
Juliana, que realiza uma viagem pela Ásia desde fevereiro, caiu de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão na madrugada de sábado (21).
O Monte Rinjani é um vulcão ativo com 3.726 metros de altura, localizado na ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta. O vulcão é conhecido por suas trilhas desafiadoras e condições climáticas imprevisíveis.
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