
Uma semana depois da tragédia climática que atingiu o Texas, deixando mais de 130 mortos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou a região, na última sexta-feira (11), e voltou a protagonizar momentos de tensão.
Durante coletiva transmitida ao vivo nos principais telejornais americanos, ele reagiu com irritação quando foi questionado sobre a lentidão na emissão de alertas de emergência, entre outras ações, considerados cruciais para evitar parte das mortes.

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Questionado por um jornalista se vidas poderiam ter sido salvas com uma resposta mais rápida, Trump rebateu de forma ríspida: “Acho que todos fizeram um trabalho incrível, dadas as circunstâncias. Só uma pessoa maldosa faria uma pergunta dessas.”
Em seguida, o presidente americano elogiou um repórter de um canal ultraconservador que agradeceu às autoridades pela atuação na tragédia, chamando-o de “bom repórter” e dizendo que aquela sim era uma “boa pergunta”.
Tragédia anunciada
As enchentes devastaram diversas cidades após chuvas extremas elevarem, em menos de uma hora, o nível do rio Guadalupe em oito metros. Em Kerrville, uma das áreas mais afetadas, moradores relatam que os alertas recebidos foram genéricos e não indicavam risco de inundação. O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) só emitiu avisos de enchente quando o pior já havia acontecido.
No Acampamento Mystic, voltado a crianças e adolescentes, 27 pessoas morreram, entre elas meninas e monitores. A falha na comunicação com os organizadores do acampamento tem sido apontada como um dos fatores mais graves da crise.
Resposta criticada
Além das autoridades locais, a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) tem sido duramente criticada. Segundo veículos como a CNN, mudanças recentes nas regras da agência, implementadas pela secretária Kristi Noem para reduzir gastos, teriam atrasado a liberação de recursos essenciais no momento crítico.
Apesar das falhas apontadas, Trump se manteve firme na defesa da resposta oficial, afirmando que "todos nesta sala fizeram um trabalho incrível". Ele ainda assinou uma declaração de desastre, o que libera verbas federais para o estado, mas reiterou que desastres naturais deveriam, na maior parte das vezes, ser administrados pelos estados.
Buscas e luto
Mais de 2 mil profissionais, entre bombeiros, equipes médicas e voluntários, seguem mobilizados na busca por desaparecidos. Pelo menos 160 pessoas continuam sem contato com familiares, e o número de mortos pode aumentar. As operações contam com apoio de helicópteros, drones e cães farejadores.
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A Casa Branca, por sua vez, reagiu às acusações de cortes no orçamento do NWS classificando as críticas como “mentiras hediondas” e “inoportunas em um momento de luto”.
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