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INTERNACIONAL

Donald Trump confirma saída de EUA da Unesco

Presidente repete decisão de primeiro mandato, alegando agenda "woke" da agência da ONU.

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Imagem ilustrativa da notícia Donald Trump confirma saída de EUA da Unesco camera O Departamento de Estado complementou declarando que permanecer na agência não era de interesse nacional americano. | Reprodução

Em mais uma decisão controversa aos olhos dos especialistas em política e internacionalistas, o presidente norte-americano Donald Trump acaba de anunciar uma medida que já havia tomado em seu primeiro mandato.

Segundo ele, os Estados Unidos sairão da Unesco, a agência de cultura e educação das Nações Unidas, conforme anunciado nesta terça-feira (22). A decisão entrará em vigor em 31 de dezembro de 2026, marcando mais um capítulo na relação conturbada entre Washington e os organismos multilaterais.

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A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, justificou a decisão afirmando que a Unesco "apoia causas culturais e sociais woke e divisórias, totalmente desalinhadas com as políticas de bom senso pelas quais os americanos votaram em novembro".

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O Departamento de Estado complementou declarando que permanecer na agência não era de interesse nacional americano.

Segundo a administração Trump, a Unesco possui "uma agenda globalista e ideológica para o desenvolvimento internacional em desacordo com a política externa de 'America First'", repetindo o slogan característico da administração republicana.

Histórico das relações EUA-Unesco: um padrão de idas e vindas

Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos se retiram da Unesco. A relação entre o país e a agência da ONU tem sido marcada por instabilidade política:

  • 1945: EUA aderem à fundação da Unesco;
  • Década de 1980: Ronald Reagan retira o país, alegando corrupção e viés pró-soviético;
  • 2003: George W. Bush reintegra os EUA após reformas na agência;
  • 2019: Trump anuncia primeira saída durante mandato inicial;
  • 2021: Joe Biden reverte decisão e retorna à Unesco.

Questão palestina continua como ponto de tensão

Um dos fatores mencionados pelo Departamento de Estado foi a admissão da Palestina como Estado-membro da Unesco em 2011. Israel saudou a decisão americana, repetindo o apoio demonstrado em 2019, quando a primeira retirada foi anunciada conjuntamente com Tel Aviv.

Funcionários da Unesco, no entanto, contestam essas alegações, afirmando que todas as declarações relevantes da agência foram acordadas entre Israel e palestinos nos últimos oito anos.

Unesco se prepara para perda de financiamento norte-americano

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, expressou profundo pesar pela decisão, mas revelou que a agência se preparou para esse cenário.

Por meio da diversificação de fontes de financiamento, a organização reduziu sua dependência dos recursos americanos para cerca de 8% do orçamento total.

"As razões apresentadas pelos EUA são as mesmas de sete anos atrás, embora a situação tenha mudado profundamente e as tensões políticas tenham diminuído", declarou Azoulay, destacando que a Unesco hoje é "um fórum raro para o consenso sobre multilateralismo".

O que é a Unesco e qual sua importância global?

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura foi fundada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de promover a paz pela cooperação internacional.

Com sede em Paris, a agência é mundialmente conhecida por:

  • Patrimônios Mundiais: Lista que inclui desde o Grand Canyon (EUA) até a antiga Palmira (Síria)
  • Proteção da liberdade de imprensa;
  • Promoção da educação sexual;
  • Defesa da igualdade de gênero;
  • Educação sobre Holocausto e combate ao antissemitismo.

EUA de saída de organismos internacionais

A saída da Unesco faz parte de um padrão mais amplo da administração Trump de retirada de organismos multilaterais. Durante seu primeiro mandato, o presidente também retirou os EUA de:

  • Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • Acordo de Paris sobre mudanças climáticas;
  • Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Ao retomar a presidência em janeiro de 2025, Trump reestabeleceu essas medidas, sinalizando uma política externa mais isolacionista.

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