
O caso de uma família brasileira que vive em Portugal vem ganhando repercussão internacional e levantando questionamentos sobre o tratamento dado a estrangeiros em processos de tutela infantil. Desde março, os filhos do casal Carol Archangelo e Carlos Orleans, de 6 e 10 anos, estão sob custódia do Estado português após um desentendimento com uma professora, o que, segundo os pais, desencadeou uma série de medidas desproporcionais e carregadas de preconceito.
"Sempre foi com muita xenofobia e preconceito exacerbados", relatou Carlos ao portal Terra. A situação teve início, segundo ele, após a escola das crianças relatar que uma delas demonstrava sinais de sonolência e dificuldades cognitivas em sala de aula. O episódio, aparentemente simples, acabou motivando a atuação da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), que decidiu pela institucionalização dos menores.
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Além do episódio escolar, uma denúncia de violência doméstica feita por Carol - e retirada dias depois - teria agravado o caso, mesmo sem que houvesse processo criminal ou qualquer comprovação contra o pai. A partir disso, o casal afirma ter cumprido todas as exigências impostas pelas autoridades, incluindo a contratação de plano de saúde e a apresentação de documentação legal.
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"Não há motivos para manter meus filhos institucionalizados. Nós não somos pobres, temos um ótimo apartamento, temos ótimas condições, oferecemos tudo do bom e do melhor para nossos filhos", afirmou Carlos, que trabalha como tatuador. Ele ainda revelou que cinco advogados acompanham o processo, que já dura quase seis meses, sem que a Justiça tenha dado oportunidade para que o casal ou as próprias crianças sejam ouvidos.
DENÚNCIA NAS REDES SOCIAIS
Em suas redes sociais, Carlos tem denunciado a situação e publicado desabafos sobre a rotina de visitas aos filhos, atualmente acolhidos por uma família substituta. "Me sinto visitando presidiários, crianças inocentes privadas de liberdade", escreveu. Em outra publicação, clamou: "Devolvam meus filhos!"
As autoridades portuguesas também teriam alegado más condições de higiene e alimentação das crianças como justificativa para a medida. uma acusação que os pais negam categoricamente.
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