
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu com provocação após os Estados Unidos dobrarem o valor da recompensa por informações que levem à prisão dele. Durante um discurso transmitido à população, Maduro desafiou diretamente o governo norte-americano: “Venham me buscar, eu espero vocês aqui em Miraflores. Não demorem, covardes”.
A nova oferta de recompensa foi anunciada durante o governo de Donald Trump, que aumentou o valor para US$ 50 milhões. A medida representa um agravamento das pressões internacionais contra o líder venezuelano, acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de envolvimento com o narcotráfico internacional.
Veja o vídeo:
Segundo as autoridades norte-americanas, Maduro teria ligações com diversas organizações criminosas da América Latina, incluindo o Cartel de los Soles, supostamente formado por integrantes das Forças Armadas venezuelanas. Ele também é citado por suposta colaboração com o Cartel de Sinaloa, do México, e o grupo criminoso Tren de Aragua, com atuação na Venezuela e em outros países da região.
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As acusações incluem participação em uma rede de tráfico de cocaína misturada com fentanil, droga sintética altamente viciante e letal, que estaria sendo enviada aos Estados Unidos. As autoridades afirmam que a atuação de Maduro e os aliados dele representaria uma ameaça direta à segurança nacional norte-americana.
Antes do mais recente ajusto, o valor da recompensa por Maduro já havia sido aumentado durante a gestão de Joe Biden, que estabeleceu uma nova cotação de US$ 25 milhões. Inicialmente, quando Trump lançou a acusação formal, o valor proposto era de US$ 15 milhões.
Paralelamente à nova recompensa, tramita no Congresso dos EUA um projeto de lei chamado “Increase Reward for Nicolás Maduro Moros Act”. A proposta prevê a elevação do valor da recompensa para até US$ 100 milhões. O financiamento viria de ativos confiscados de indivíduos ligados ao regime venezuelano. Até o momento, a medida ainda está em fase de tramitação e não foi aprovada oficialmente.
O governo venezuelano nega as acusações feitas pelo EUA e costuma classificá-las como parte de uma “campanha de desestabilização” contra o país. Nos discursos feito por Maduro, ele afirma que os EUA tentam justificar ações intervencionistas sob o pretexto do combate ao tráfico de drogas.
O novo discurso de Maduro se soma a uma série de tensões diplomáticas entre os países nos últimos anos. Apesar de eventuais tentativas de reaproximação, como as ocorridas durante os primeiros meses do governo Biden, as relações seguem estremecidas, com embargos econômicos, sanções políticas e trocas constantes de acusações entre os dois governos.
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Até o momento, não há indícios de que os EUA planejem uma operação direta para capturar Maduro. A recompensa continua sendo uma estratégia de pressão e incentivo à cooperação de possíveis delatores. Enquanto isso, o presidente venezuelano segue desafiando publicamente os opositores internacionais.
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