Ao menos seis voos internacionais para a Venezuela foram cancelados depois que a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) emitiu um alerta sobre riscos no espaço aéreo do país sulamericano. O comunicado citou o “agravamento da situação de segurança e aumento da atividade militar” como motivo para cautela, levando empresas como Avianca, Gol, TAP Air Portugal, Iberia e Latam a suspender temporariamente as operações.
No sábado (22), Avianca, Gol e TAP anunciaram a interrupção de voos partindo de Caracas. A Iberia, que realiza cinco frequências semanais entre Maiquetía e Espanha, também suspendeu as operações a partir desta segunda-feira (24) e informou que continuará avaliando quando poderá retomar os voos. A Latam Airlines cancelou voos previstos para 23 e 24 de novembro na rota Bogotá-Caracas-Bogotá, oferecendo alternativas para passageiros afetados.
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A agência americana destacou que as ameaças podem afetar aeronaves em todas as fases do voo, incluindo sobrevoos, decolagens, pousos e até mesmo aeronaves em solo. Segundo a FAA, a situação torna o espaço aéreo venezuelano “potencialmente perigoso” para companhias aéreas internacionais.
O alerta surge após meses de aumento da presença militar dos Estados Unidos na região, envolvendo o porta-aviões Gerald Ford, destróieres, submarinos, navios anfíbios, caças F-35, helicópteros, aviões espiões e milhares de soldados.
Oficialmente, a operação visa combater o narcotráfico, mas ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas já resultaram na morte de dezenas de pessoas, sendo considerados “execuções extrajudiciais” por críticos, já que não houve detenção formal ou processamento dos envolvidos.
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Reforço militar e tensão política
O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, reforçou a defesa aérea ao redor do aeroporto de Maiquetía, principal porta de entrada de Caracas, localizado diante do mar do Caribe e próximo a uma montanha que protege a capital.
Especialistas apontam que o desdobramento militar dos EUA pode indicar uma tentativa de mudança de regime, embora a Casa Branca mantenha sinais contraditórios sobre as intenções. Enquanto isso, a tensão entre os dois países segue aumentando e as companhias aéreas continuam avaliando os riscos antes de retomar os voos.
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