A indústria pet brasileira deve encerrar o ano de 2022 com um faturamento de R$41,8 bilhões, um crescimento de 17% em relação a 2021. Os números apontados pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) consideram as indústrias, sem levar em conta varejo e venda de animais diretamente dos criadouros, mas é um índice que possibilita compreender bem o desempenho do setor que cresce a olhos vistos no país e, não diferente, na capital paraense.
Responsável por 79% do faturamento total da indústria pet em 2021, o segmento de pet food foi o que apresentou maior crescimento quando comparado com o ano anterior, o equivalente a 33%. Para 2022, a projeção é que a participação do segmento de alimentos continue no topo, apresentando um pequeno incremento em relação a 2021.
Dos R$41,8 bilhões de faturamento projetados até o final de dezembro de 2022, a área de pet food deve representar 80% do total, ou R$33,2 bilhões. Em seguida figura o segmento de pet vet (produtos veterinários), com faturamento de R$5,9 bilhões, ou 14% do total, e o de pet care (produtos de higiene e bem-estar animal) com faturamento de R$2,67 bilhões, ou 6% do total.
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O presidente-executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França, aponta que o setor continua apresentando números positivos porque, apesar das dificuldades que surgiram durante a pandemia e o aumento dos preços, as famílias seguem cuidando dos seus animais de estimação. “Mas grande parte do que move o aumento de faturamento é, justamente, a inflação, causada pela alta do custo das commodities que fazem parte da fabricação do pet food. Entre 2020 e 2021, as matérias-primas de origem animal passaram por aumento que superou os 100% no seu valor de comercialização”, aponta. “As demais matérias-primas como o arroz, por exemplo, um dos ingredientes do pet food mais usados, subiu mais de 100% nos últimos cinco anos. O milho, mais de 200%, e a soja, mais de 130%. Todos eles, ingredientes influenciados tanto pelo câmbio do dólar quanto pela demanda internacional”.
Parte do agronegócio, o setor pet é responsável por criar cerca de 2 milhões de empregos diretos no país e, conforme aponta José França, seu faturamento é equivalente ao da linha branca de eletrodomésticos. Tais indicadores fazem do setor uma fatia importante para a economia do Brasil e a perspectiva apontada pela Abinpet é de que, ao longo de 2023, o setor permaneça estável, com um faturamento estimado entre 10% e 15%.
Tal cenário de crescimento do mercado pet também é observado no varejo, onde pet shops e grandes lojas têm apostado em serviços diferenciados para atrair tutores e seus animais de estimação. De acordo com dados levantados pelo Instituto Pet Brasil (IPB), as mega stores nacionais do segmento pet representam apenas 0,7% do total de lojas do varejo especializado no Brasil hoje, porém, em 2021 esse segmento foi justamente o que apresentou maior crescimento em relação a 2020, com 11,86%. O segundo maior crescimento foi no segmento de pet shop médio porte, com 3,79%.
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