Família não acredita em carta deixada por jovem desaparecida em Belém

Uma família paraense está a procura de uma jovem de 16 anos que desapareceu na última terça-feira (27), após acompanhar a avó materna em uma consulta a um hospital público, no bairro do Telégrafo, em Belém.

Um boletim de ocorrência foi registrado pela mãe de Lorrane Mariana Muniz da Costa, no dia em que ela desapareceu.

Segundo Elinalva Muniz, a família mão conseguiu mais contato com a adolescente desde aquela data. "A Lorrane estava sem celular há uns meses. Quando eu queria falar com ela, geralmente ligava pra algum vizinho e eles iam em casa", explica a mãe da estudante.

Elinalva Muniz contou para o DOL que há alguns meses encontrou conversas no celular da filha.

"A Lorrane estava trocando mensagens com um homem que usava um número com o DDD de Santa Catarina. Cheguei a ir à polícia, fiz um boletim de ocorrência. Eu fiquei com muito receio da situação. O conteúdo das conversas me assustou quando vi que falavam em fugir, trocavam juras de amor e etc", comenta.

Ainda de acordo com a mãe, a polícia solicitou a apreensão do aparelho celular de Lorrane, devido a suspeita de conter conteúdos pornográficos e também para tentar rastrear o número e chegar ao homem misterioso que trocava mensagens com a jovem.

"Eles comentaram que poderia ser algo grave como pedofilia ou tráfico humano. Mas não me informaram mais nada com o passar dos dias. Por esse motivo a Lorrane ficou sem celular".

A partir daí, a jovem passou a frequentar psicólogos e era vigiada "quase que 24h por dia". "O padastro ia buscá-lá na escola, só ele tinha essa permissão. Depois de tudo isso fiquei com medo e conversei coma diretora. A Lorrane só poderia sair com ele da escola", explica, destacando que no dia do desaparecimento a jovem não chegou a ir a unidade de ensino.

"Na terça-feira (27), sai com ela pra encontrar minha mãe. Íamos acompanha-lá para uma consulta. Chegando lá, deixei Lorrane com minha irmã e minha mãe. Precisei sair pra trabalhar. Depois fiz várias ligações pra minha irmã e ela apenas disse que após a consulta, minha filha havia dito que precisava ir a casa de uma amiga pra fazer um trabalho escolar e aí não a vimos mais", conta, emocionada.

Lorrane caminhou até uma parada de ônibus com a tia. Foi vista chegando em casa e em seguida saindo.

"Meu vizinho disse que a viu, mas foi bem rápido. Ela estava de jeans, com uma mochila pequenina. Vimos no armário dela e ela levou uns 3 pares de roupa apenas, mais nada", destacou.

A mãe, já desesperada, ligou para todas as amigas em busca de algumas informações, mas só obteve a resposta: a Lorrane fugiu com o namorado.

"Não sabemos o que fazer. Já fomos a polícia, mas ele não fazem nada", relata a mãe disparando ainda que a jovem deixou uma carta dizendo que foi embora por livre e espontânea vontade.

"Tenho certeza que minha filha escreveu aquela carta com alguém dizendo o que colocar. Conheço ela", conclui.

Quem souber qualquer informação sobre a estudante, pode entrar em contato pelos telefones:

91988847111- Elinalva Muniz (mãe)

91988301761- Magno (padrasto)

91999181360- Regiane (tia)