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SUPERSTIÇÃO E MORTE

Justiça condena acusados de matar 'lobisomem' no Pará

A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Patrícia Carvalho Medrado Assmann, atuou num Júri inusitado na cidade de Itupiranga, no último dia 2 de setembro. O júri tinha como réus cinco acusados de matar o lavrador Aldenor Nona

Imagem ilustrativa da notícia Justiça condena acusados de matar 'lobisomem' no Pará camera Os réus confessaram à polícia que mataram o lavrador por ele ser um "suposto lobisomem", se transformando em monstro nas noites de lua cheia. | Divulgação/MPPA

A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Patrícia Carvalho Medrado Assmann, atuou num Júri inusitado na cidade de Itupiranga, no último dia 2 de setembro. O júri tinha como réus cinco acusados de matar o lavrador Aldenor Nonato da Conceição, na zona rural do município. O crime ocorreu no ano de 2006 na localidade denominada Vila São Pedro, onde moravam os acusados e a vítima.

A parte inusitada do júri se deu pelo fato dos réus confessarem à polícia, à época do cometimento do crime, que mataram o lavrador pelo fato dele ser um suposto lobisomem, o que, segundo o folclore popular, significa um homem que se transforma em lobo em noites de lua cheia.

A história ganhou, inclusive, as páginas do Jornal Opinião de Marabá em 2006 que relatou o tormento dos moradores da Vila São Pedro causado pela presença de um animal estranho que vinha rondando e aterrorizando a comunidade. Na noite do crime os réus teriam saído em uma caçada ao que eles alegavam ser um lobisomem.

O julgamento ocorreu sem a presença dos réus, que fugiram logo após prestarem depoimento à polícia. Lourisvaldo Alves da Silva, José Roberto Carvalho Pereira, Jesuino Alves Souza, Francisco de Assis Carvalho e Francisco Carvalho Pereira foram condenados a 12 anos de reclusão cada um pelo crime de homicídio, em regime fechado. O assassinato do lavrador teve características de crueldade, a vítima foi morta com 7 tiros na região do coração e decapitada, como atestou o laudo do IML na época.

Como a cidade de Itupiranga não possui defensor público o juiz Danilo Alves Fernandes designou um advogado para atuar na defesa dos acusados. A defesa alegou erro de tipo, ou seja, que os réus imaginavam estar matando um lobisomem.

A tese foi desmontada pela promotora Patrícia Assmann que demonstrou que os réus tinham a intenção de matar a vítima, pois a mesma tinha relacionamento amoroso com a filha de um dos acusados (Jesuíno) e o mesmo não consentia. Apesar de condenados os réus continuam foragidos.

“Nunca tinha participado de um júri tão inusitado. Que bom que a razão prevaleceu e os réus foram condenados pois eles queriam realmente matar a vítima que teve sua cabeça decapitada”, disse a promotora de Justiça, Patrícia Carvalho Medrado Assman.

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