Prestes a completar 150 anos de fundação - no próximo dia 8-, Icoaraci, distrito de Belém, não tem muito o que celebrar. A orla da chamada “Vila Sorriso” está deteriorada, o que frustra moradores e visitantes, que esperam do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, ações realmente efetivas para melhorar o espaço. Naquela área, é comum a pessoa encontrar buracos ao longo da calçada. Também não há manutenção nas pistas de skates e nos equipamentos da academia ao ar livre, onde há muita ferrugem e ferro retorcido.

“Se você der uma volta na orla vai encontrar vários buracos ao longo das calçadas, que já estão aqui há muito tempo. Toda manhã eu passo aqui e antes andava pela calçada da orla, agora tenho que caminhar ou andar de bicicleta pela pista mesmo, ao lado dos carros, que acaba sendo mais seguro”, lamentou José Rufino, morador do bairro da Agulha, localizado no distrito de Icoaraci.

“Fiscalização da prefeitura aqui é zero, estamos completamente abandonados e isso é triste porque é um lugar bonito, ventilado, mas que está sem nenhuma manutenção. Até parece que a prefeitura não quer investir aqui”, lamenta.

Outro ponto que causa indignação nos moradores e visitantes por causa da falta de manutenção é o trapiche de Icoaraci, importante ponto de embarque e desembarque de passageiros. No último dia 15, a estrutura metálica onde barcos ficam ancorados deslocou e se soltou da ponte.

Quem passa atualmente pelo local encontra outros problemas para chegar até as embarcações, como a falta de corrimão. Além disso, ainda são encontrados pedaços de ferro retorcido e enferrujado ao longo do trapiche, o que aumenta riscos de acidentes.

MANUTENÇÃO

De acordo com o produtor Maciel Ferreira de Lima, 31 anos, a estrutura sempre sofreu com a falta de manutenção, o que coloca em risco a integridade física dos usuários. “A estrutura aqui do trapiche não mudou nada. Não tem como dizer que piorou, já que ela sempre foi ruim, sem segurança nenhuma pra gente, já que é uma estrutura de madeira que segura o acesso que a gente tem aos barcos”, afirma.

“Sem falar a falta de fiscalização nas embarcações. Acaba que tudo isso causa um alvoroço sem necessidade, já que com uma fiscalização e estrutura melhor a gente não passaria por essetranstorno”, declara.

MAIS ACESSADAS