Mesmo com o fechamento de diversos estabelecimentos, conforme foi determinado por meio do Decreto Estadual 800/2020, publicado na última terça-feira (9), no Diário Oficial, com o objetivo de evitar a proliferação do novo coronavírus, o movimento em Belém, ontem de manhã, no feriado de Corpus Christi, foi intenso na orla do Portal da Amazônia. Nem mesmo os bloqueios instalados para evitar o acesso ao local foram capazes de segurar a população, que foi em busca de ar livre, mesmo que para isso significasse ignorar as medidas de segurança e de isolamento social.
Sozinhas ou acompanhadas em grupos, diversas pessoas foram ao local para praticar exercícios físicos, conversar ou até mesmo ver o tempo passar. Embora a maioria estivesse de máscara, foi possível identificar alguns pedestres sem o item, que é de proteção fundamental para diminuir o risco de contágio por Covid-19.
No local, enquanto a equipe do DIÁRIO esteve presente, uma viatura da Guarda Municipal acompanhava o movimento, mas sem interferir ou fazer qualquer tipo de orientação.
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Ninguém quis conversar com a reportagem para saber os motivos de não estar em isolamento social e não demonstravam preocupação com a pandemia que ainda não foi erradicada.
OUTEIRO
Diferentemente de outros anos, as praias do Outeiro, em Belém, estavam entre as mais procuradas durante os feriados. Mas diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus, ontem, em pleno feriado religioso de Corpus Christi, o cenário era de total tranquilidade. Isso porque medidas decretadas pelo Estado limitavam o acesso e fiscalizações feitas por agentes da segurança pública reforçavam o cumprimento da ordem para evitar aglomerações. Poucos moradores se arriscaram a ir às praias, como do Amor e a praia Grande, duas das mais movimentadas da região.
Quem gostou do clima vazio foi o pequeno Natan, de quase dois anos. “Vim trazer meu filho para brincar um pouco, já que não tem quase ninguém. Não iremos demorar aqui. É até estranho ver essa praia vazia. Em outros anos, estava lotada. Bom para quem não gosta de muita gente, ruim para quem sobrevive do movimento da praia”, comentou Wilson Santos, 31, vigilante e morador de Outeiro.
Um vendedor ambulante, que não disse o nome, estava triste, pois não conseguia vender seus produtos desde o início do dia por conta da ausência de consumidores. “O movimento está muito fraco, bem diferente dos outros anos”, disse. As fiscalizações para impedir as aglomerações nas praias eram feitas pela Polícia Militar que realizava rondas pela área.
Em outras regiões do Estado, as limitações não eram diferentes. Uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança pública e Defesa Social do Pará (Segup) também impedia o acesso em praia, como de Salinópolis, Mosqueiro e Barcarena.
O decreto estadual determina o fechamento de praias, igarapés, balneários, clubes e similares, além da suspensão do transporte coletivo intermunicipal por meio rodoviário ou hidroviário. O decreto também dispõe sobre as penalidades em caso de descumprimento das determinações, que incluem multa diária de até R$ 50 mil, embargo ou interdição de estabelecimentos e até prisão por desobediência.
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