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TRAMA DE MULHERES

Edital literário seleciona textos para coletânea apenas de autoras mulheres

Uma coletânea de ficção, com 30 textos, 15 em prosa e 15 poemas, sobre as experiências múltiplas de ser e estar mulher paraense. É assim a “Trama das Águas”, ideia que uniu o escritor paraense Toni Moraes, da Monomito Editorial, de São Paulo, à escritora

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Imagem ilustrativa da notícia Edital literário seleciona textos para coletânea apenas de autoras mulheres camera A escritora e colagista Monique Malcher fará a curadoria da obra. | Divulgação

Uma coletânea de ficção, com 30 textos, 15 em prosa e 15 poemas, sobre as experiências múltiplas de ser e estar mulher paraense. É assim a “Trama das Águas”, ideia que uniu o escritor paraense Toni Moraes, da Monomito Editorial, de São Paulo, à escritora e colagista paraense Monique Malcher, doutoranda em ciências humanas na Universidade Federal de Santa Catarina com foco de pesquisa em literatura e quadrinhos produzidos por mulheres.

“Nós dois tínhamos várias conversas sobre mercado editorial e eu sempre deixei bem evidente no meu trabalho o quanto me incomodo com o apagamento e o não protagonismo das mulheres nesse mercado, tanto no contexto paraense como no contexto nacional. O Toni fez o convite para que eu fizesse a curadoria desse projeto, que sempre foi uma vontade minha. Temos pensamentos políticos bem alinhados. Então, convidamos algumas escritoras, entre elas mulheres publicadas e não publicadas, e decidimos que haveria um edital aberto para mulheres. E aí se entende como mulher quem se identifica como mulher”, explica Monique, que também assinará a capa da publicação.

As escritoras já convidadas são Gabriela Sobral, Paloma Franca Amorim, Mayara La-Rocque, Roberta Tavares, Bruna Guerreiro e Rafaela Oliveira. Para completar a obra, o edital está aberto e serão recebidos textos até o dia 16 de julho. O livro será viabilizado por financiamento coletivo, a ser realizado após a seleção dos textos.

“Outra preocupação minha era que mulheres que nunca publicaram, nem mesmo uma autopublicação, se sentissem confortáveis de enviar seu material. Foram questões que me paralisaram quando comecei, a insegurança e a pressão de um mercado extremamente masculino. Minha ideia não é dar voz para essas mulheres, elas já têm uma voz, odeio quando usam essa frase. O nosso trabalho está sendo fazer essas vozes chegarem a mais leitores”, diz Monique.

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Ela mesma, que iniciou em publicações independentes de zines e mantém uma newsletter semanal, acaba de lançar seu primeiro livro, “Flor de Gume” (Pólen Livros/Selo Ferina), uma coletânea de prosa e poesia editada também por financiamento coletivo.

EDITAL

As interessadas em participar dessa “Trama das Águas” devem enviar textos inéditos, de autoria única e dentro dos patrões exigidos pelo edital. Cada autora pode se inscrever em mais de uma categoria, porém só poderá participar da coletânea com um texto. As autoras com textos selecionados assinarão um contrato de edição com a Monomito Editorial e serão remuneradas por meio do pagamento de direitos autorais a cada semestre.

Adriana Chaves e o paraense Toni Moraes, da Monomito Editorial, que irá publicar a coletânea “Trama das Águas”.
📷 Adriana Chaves e o paraense Toni Moraes, da Monomito Editorial, que irá publicar a coletânea “Trama das Águas”. |Divulgação

Os textos que tenham qualquer teor discriminatório, que não sejam de uma mulher (cisgênero ou trans), de autora paraense ou que não more no Pará e nele não mantenha suas relações culturais, serão desconsiderados. Também aqueles que tenham sido publicados em sua totalidade ou em partes em meio eletrônico ou analógico, desconfigurando assim seu ineditismo, serão automaticamente desclassificados.

“No contexto de desesperança que já vivíamos antes e que agora se intensifica, vejo como uma ação política [a coletânea]. A literatura produzida por mulheres traz questões outras e olhares diferenciados sobre a realidade, tanto por uma vivência quanto por um resultado da pressão em sociedade que nos é constante”, avalia Monique, para quem a iniciativa pode gerar outros frutos. “Pode também ser catalisadora para outras publicações por outras editoras, coletivos e organizações. Além de fazer com que mulheres que nunca partilharam seus escritos ganhem coragem de fazer isso. É também uma forma de mapeamento. No primeiro dia de divulgação, o número de mulheres marcando outras mulheres nas publicações foi surpreendente. Não estamos sendo lidas por falta de escritoras, mas por uma questão de mercado editorial, são os braços de polvo do capitalismo que abocanham também a arte”, pontua a curadora.

PARTICIPE

“Trama das Águas” - Edital de literatura para mulheres

Quando: Textos serão recebidos até o dia 16 de julho de 2020

Regulamento: monomitoeditorial.com/trama-das-aguas

Inscrições: Pelo e-mail [email protected]

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