
Com a data cada vez mais próxima, a cidade de Belém, no Pará, já vive a contagem regressiva para receber um dos eventos mais importantes do calendário ambiental e político internacional: a COP30, conferência climática da ONU marcada para novembro de 2025.
A realização do evento na região amazônica reforça não apenas o papel estratégico do Brasil nas discussões ambientais, mas também movimenta a geopolítica global diante de uma pauta que exige urgência, compromissos reais e presença de peso.
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A cúpula de líderes mundiais está prevista para os dias 6 e 7 de novembro, e, embora a lista oficial dos chefes de Estado ainda não tenha sido divulgada por questões diplomáticas, cerca de 50 líderes já confirmaram presença, segundo o governo do Pará.
Entre os nomes esperados estão Emmanuel Macron (França), António Costa (Conselho Europeu) e príncipe William (Reino Unido). A presença do presidente Donald Trump é considerada improvável, apesar de um convite feito pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No total, 162 países estão credenciados para a conferência, e 87 já garantiram hospedagem em Belém. Outros 90 países seguem em tratativas com o governo brasileiro. A movimentação diplomática é intensa, mas também enfrenta um desafio prático: os altos custos de hospedagem na capital paraense geraram desconforto entre delegações estrangeiras.
A expectativa é que os 196 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) participem. O Brasil, como anfitrião, trabalha para manter um ambiente propício ao diálogo e à construção de compromissos climáticos concretos.
A presença de representantes da China, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, ainda não foi confirmada oficialmente, mas é considerada central nas negociações. O líder chinês Xi Jinping, embora ainda incerto, é um dos líderes mais esperados. Como alternativa, os países também podem ser representados por vice-presidentes, ministros ou enviados especiais, ampliando a diversidade de vozes e interesses na mesa de negociação.
A participação recorde de líderes em conferências anteriores, como a COP21 (Paris) e a COP28 (Dubai), serve como termômetro para a dimensão que o evento em Belém pode alcançar. Na pré-COP, realizada recentemente em Brasília, 67 países marcaram presença, incluindo potências como China, França, Índia, Alemanha, Rússia e Reino Unido, entre outros, o que reforça o interesse global no evento.
Além das expectativas diplomáticas, a COP30 traz um peso simbólico: será a primeira vez que a Amazônia sediará uma conferência da ONU, colocando o bioma mais biodiverso do planeta no centro das discussões. Com isso, o Brasil busca não apenas reafirmar seu protagonismo ambiental, mas também cobrar compromissos de nações industrializadas que historicamente contribuíram para o aquecimento global.
A presença massiva de líderes, especialmente daqueles com grande responsabilidade nas emissões de carbono, é considerada fundamental para que a COP30 produza resultados efetivos. A pressão internacional cresce e a janela para ações climáticas concretas se estreita.
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A realização da conferência no Brasil, portanto, se torna não apenas um ponto de encontro, mas um marco potencial para uma virada histórica na governança ambiental global.
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