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ACOLHIMENTO

Hospital ressalta a importância do Método Canguru no tratamento de bebês prematuros

A pequena Sofia, filha da Miriam e do Leonardo, moradores de Abaetetuba, nasceu aos oito meses de gestação. Com baixo peso, precisou permanecer na Unidade de Cuidados Intermediários (UCIN) do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB),

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Imagem ilustrativa da notícia Hospital ressalta a importância do Método Canguru no tratamento de bebês prematuros camera Divulgação

A pequena Sofia, filha da Miriam e do Leonardo, moradores de Abaetetuba, nasceu aos oito meses de gestação. Com baixo peso, precisou permanecer na Unidade de Cuidados Intermediários (UCIN) do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), gerenciado pela Pró-Saúde no interior do Pará. Sofia é um dos bebês que recebem o Método Canguru como uma prática de assistência e acolhimento, que auxilia no tratamento e cuidado neonatal.

“É uma sensação muito boa estar junto dela, no meu colo. Com o meu primeiro filho eu não tive essa oportunidade, e aqui é a primeira experiência, como pai e como homem. Sei que o método vai ajudar no desenvolvimento dela. Faz bem para ela e para mim”, descreve Leonardo Diniz, pai da Sofia.

O método é voltado ao cuidado humanizado aos recém-nascidos internados nas unidades de terapia intensiva e intermediária do hospital, e integra a participação de toda a família no processo de tratamento.

A prática consiste em manter o bebê prematuro e de baixo peso, no contato pele a pele na posição vertical, junto ao colo dos pais, por um tempo indeterminado e de livre escolha. No Materno-Infantil de Barcarena, esse cuidado vai além da mãe, incluindo também pai e avós.

De acordo com a fisioterapeuta Karen Alves, a experiência do toque é essencial no processo terapêutico do bebê, pois apresenta múltiplos benefícios. “O método trabalha o desenvolvimento psicomotor e ganho de peso, reduz o estresse e a dor do recém-nascido. Também favorece a estimulação sensorial e de movimento, estimula o aleitamento materno e proporciona um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde. Assim, eles se recuperam mais rápido e permanecem menos tempo no hospital ”, explica a fisioterapeuta.

A profissional ressalta a importância de envolver a família toda nesse cuidado. “A ideia é estimular o toque e fortalecer o vínculo familiar com o bebê. No caso da mãe, ainda nos primeiros minutos após o parto, pois trabalhamos também o medo e o receio ao toque, e com esse estímulo de acolhimento, a sensação de pertencimento fica mais forte e evidencia o seu papel como mulher e mãe”.

“Ao longo da internação, incluímos o pai e os avós, se possível. Os bebês intubados também recebem o método a partir de uma avaliação da equipe multiprofissional. Se o bebê apresentar condições clínicas, ele pode fazer o Método Canguru”, complementa Karen.

Etapas do Método Canguru

De acordo com o coordenador de Enfermagem do HMIB, Nataliel Miranda, o método Canguru ocorre em três etapas e de forma gradativa. “O processo começa ainda no pré-natal, passa pelo parto – com os devidos cuidados, pois esse processo deve ser estimulado de forma precoce – e se intensifica após o nascimento e durante a internação, ainda mais se o bebê for prematuro extremo. O método segue ainda após a alta hospitalar”, ressalta Nataliel.

A primeira etapa do Método Canguru começa ainda no pré-natal na gestação de alto risco, e após a internação com o recém-nascido prematuro na Unidade Neonatal. Os pais são acolhidos, recebem informações sobre o estado de saúde do seu filho, as rotinas do setor e da equipe. Durante a internação, os pais têm livre acesso à unidade e são encorajados a tocar no bebê para, em seguida, colocá-lo na posição canguru.

Na segunda etapa, o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe ou pai, que participa dos cuidados do filho. Como ganho do peso, e a familiarização do contato no colo, os pais ficam mais seguros, e isso estimula a permanecer com o bebê na posição canguru o maior tempo possível.

Já na terceira etapa, o bebê vai para casa, já com a saúde estável. A mãe e pai devem assumir o compromisso de realizar a posição canguru, recebendo orientações da equipe para manutenção da prática no lar. Os cuidados seguem com o bebê até ele alcançar o peso adequado.

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