Durante a campanha nacional “Agosto Lilás”, que incentiva o enfrentamento à violência contra a mulher, a Fundação ParáPaz promove diversas atividades destinadas a conscientizar e alertar a sociedade, para que todas as formas de agressão sejam denunciadas. O encerramento da programação, que contou com lives e rodas de conversa nos últimos dias, ocorreu na manhã desta quarta-feira (26) com uma blitz informativa simultânea, em pontos estratégicos de Belém e Ananindeua, na Região Metropolitana, quando foram distribuídas fitas na cor lilás, símbolo do movimento, e também em unidades do interior.
“Hoje nós estamos trabalhando na conscientização e orientando à sociedade civil sobre os direitos das mulheres”, informou a gerente da unidade ParáPaz Mulher Belém, Cassiana de Tássia Santos.
Motoristas, passageiros e pedestres foram abordados na ação. Natália Cristina Soares, 36 anos, foi abordada pela equipe da Fundação ParáPaz, em Belém, ao passar pelo local. “Esse trabalho é muito importante porque a gente acompanha que os índices de violência doméstica têm aumentado, principalmente nesse período”, disse a técnica de Enfermagem, acrescentando que conhece uma vítima dessa violência, que recebeu o apoio necessário. “Na época que aconteceu ela procurou ajuda e foi muito bem acolhida. Conseguiu superar essa fase, e hoje segue uma vida feliz”, contou Natália Soares.
Em Santarém, no oeste paraense, técnicas do Polo ParáPaz promoveram uma roda de conversa no Complexo Penitenciário de Cucurunã, com sete internas. “Elas interagiram bem e relataram os relacionamentos abusivos que sofriam. Não tinham conhecimento sobre a violência psicológica, moral e patrimonial, e também não conheciam a história da Maria da Penha (a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após ser baleada pelo ex-marido, e cujo nome denomina a lei de proteção às mulheres). Foi muito esclarecedor”, afirmou Diany de Castro, gerente da unidade no município.
O Polo Integrado de Tucuruí, município do sudeste do Pará, recebeu dez convidadas durante a programação, possibilitando troca de informações e orientações, além da distribuição de álcool em gel.
Fortalecimento
A Fundação ParáPaz lançou este ano a plataforma digital “ParáPaz Acolhe”, criada para facilitar a comunicação de mulheres, adolescentes ou crianças em situação de violência doméstica. No atendimento realizado por meio de chat pelas assistentes sociais da Fundação ParáPaz, as vítimas podem buscar informações, orientações e até denunciar seus agressores.
O órgão estadual possui 13 polos no Estado, sendo 12 integrados à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que acolhe vítimas de forma humanizada e qualificada, direcionando-as aos serviços especializados da rede de atendimento, incluindo o acompanhamento psicossocial.
A Lei Maria da Penha foi instituída há 14 anos com o objetivo de coibir atos de violência doméstica contra mulheres, como: violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, além de estipular punição adequada aos agressores. O instrumento legal garante os direitos das vítimas.
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