Que a pandemia da Covid-19 promoveu transformações nas formas de organização de quem já estava no mercado de trabalho não é novidade, mas a perspectiva é a de que, ainda em 2021, o cenário enfrentado no mercado brasileiro continue gerando efeitos para quem está em busca de uma vaga.
Uma pesquisa realizada pela Robert Half, empresa especializada em recrutamento com atuação no Brasil, aponta que 56% dos executivos brasileiros acreditam que as habilidades comportamentais serão cada vez mais demandadas no mundo pós-pandemia. Os dados são destacados na 13ª edição do Guia Salarial da Robert Half, que também aponta as áreas que apresentam tendência de alta em 2021 e as remunerações previstas.
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O guia aponta que a evolução tecnológica apresentada pelas empresas em decorrência do trabalho remoto demandado pela pandemia acabou criando uma busca por novas competências, com destaque para a chamada ‘alfabetização digital’. “O processo de transformação digital, acelerado pela pandemia, reforçou a importância de que todo profissional busque se manter atualizado sobre a existência de ferramentas tecnológicas que possam ser utilizadas para melhorar a maneira como o seu trabalho é desempenhado. Desta forma, ele não será pego de surpresa por um processo de automação, por exemplo”, aponta o diretor geral da Robert Half, Fernando Mantovani.
Além disso, Fernando aponta que a pandemia reforçou a importância do que se pode chamar de habilidades comportamentais. “Os profissionais que pretendem se recolocar no próximo ano precisam estar atentos ao desenvolvimento de habilidades de comunicação, pensamento estratégico, agilidade, inovação e adaptabilidade”.
Apesar da necessidade de maior atenção por parte dos profissionais, a pandemia promoveu mudanças não apenas para os interessados nas novas vagas do mercado, mas também para os próprios recrutadores. “Com o trabalho remoto, as fronteiras geográficas que muitas vezes separavam candidatos e vagas foram quebradas, expandindo oportunidades de mercado”, aponta Fernando Mantovani. “Essa realidade exige que as organizações repensem os seus planos de atração, recrutamento e retenção, com processos ágeis e robustos”.
O diretor destaca que a própria visão dos colaboradores em relação aos benefícios oferecidos pelas empresas se alterou em decorrência da pandemia, reforçando a importância do pacote de auxílios como um fator relevante na análise de uma proposta. De acordo com o guia, a grande maioria dos funcionários já não enxerga mais o home office como um benefício, mas como um modelo de trabalho para seguir no longo prazo. “Do ponto de vista de gestão, a comunicação se torna ainda mais relevante para garantir que a informação chegue de maneira fácil e frequente. Caso contrário, você corre o risco de contar com uma equipe desalinhada e improdutiva”, aponta Fernando. “Comunicar expectativas, estabelecer processos para documentar e compartilhar, garantir que a equipe sinta segurança com a tecnologia, as ferramentas e recursos são aspectos fundamentais para uma transição sem problemas para trabalhar em casa”.
TENDÊNCIA
Considerando tais transformações e habilidades demandadas, o Guia Salarial 2021 aponta que a tendência é de que os setores de saúde, agronegócio, infraestrutura, logística e tecnologia continuem em alta em 2021. A área de tecnologia, inclusive, é apontada como a ‘bola da vez’, ao considerar que a aceleração dos processos de transformação digital nas empresas deu destaque aos profissionais de TI dentro das empresas, na medida em que tiveram que repensar e viabilizar boa parte do modelo de negócios e colocá-lo em funcionamento em curto espaço de tempo.
Neste mesmo sentido, o guia destaca o papel do profissional de RH durante a pandemia no que se refere desde a parte burocrática, até a atuação para a adequação ao home office, “os cuidados com o bem-estar dos colaboradores e aumento da produtividade diante das adversidades”. Para o guia, ainda na retomada do mercado o protagonismo desse profissional deve continuar.
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