Pelo 11º ano consecutivo, o projeto “Natal Solidário dos Amigos da 41”, mesmo com a pandemia, que acabou atrapalhando a arrecadação dos itens, conseguiu distribuir no último domingo (20) cestas básicas a mais de 250 famílias em situação de vulnerabilidade social em áreas da região metropolitana de Belém.
Um dos beneficiados pela ação de vizinhos moradores da WE 41, do Conjunto Cidade Nova VIII, em Ananindeua, foi Joelson Messias, de 32 anos. Ele foi o primeiro a chegar no local da distribuição das cestas para receber a sua. Morador de uma comunidade chamada Quinta das Carmitas, no bairro do Maguari, ele está desempregado há oito meses.
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“Trabalhava como pedreiro, mas desde que começou essa pandemia não consegui mais serviço, quando aparece alguma coisa é só um bico, mas o que rende não dá para muita coisa”, contou.
Ele vive com o pai de 70 anos, que recebe uma aposentadoria. “O problema é que moramos de aluguel e o que ele recebe mal dá para pagar a casa e algumas contas, mal sobra para a gente comer, então às vezes saio pelas casas pedindo ajuda”, ressaltou.
Quem também conseguiu receber uma cesta de alimentos do projeto foi Maria Carmencita da Silva, de 70 anos. Ela contou que vive na comunidade conhecida como Buraco da Velha juntamente dois filhos e três netos e que recentemente a família perdeu a sua única renda.
“Minha filha trabalhava em uma farmácia, mas ficou doente e acabou tendo que sair do emprego. Meu filho vende bombons nos ônibus, às vezes dá alguma e outras não, e eu até agora não consegui me aposentar”, disse ela, que pelo quarto ano consegue ser beneficiada pelo projeto.
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Um dos voluntários do projeto é o gestor comercial Júnior Ferreira. Ele contou que a ideia de iniciar a ação começou com seu pai e com um vizinho, mas aos poucos foi ganhando outros adeptos. “No ano passado conseguimos doar mais de 350 cestas, além de brinquedos e lanche para os participantes, mas este ano, por conta da pandemia, acabou diminuindo um pouco e ficando mais simples”, lembrou.
Ele conta que a escolha das famílias beneficiadas é feita através de visitas às comunidades próximas de onde residem os voluntários do projeto. Para o voluntário, o desejo de ajudar ao próximo é o que move o projeto a cada ano.
“Queríamos poder fazer isso o ano inteiro porque sabemos que essa é uma necessidade constante, mas mesmo assim me sinto muito feliz em poder ajudar agora nessa época de Natal”, ressaltou.
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