Na última semana foi aprovado um projeto de lei que permitirá cortes orçamentários em escolas e universidades de todo o país. A UFPA sofrerá um corte de R$ 30,3 milhões (18,5%) em relação a 2020.
Indignados com o projeto, professores, técnicos e estudantes da instituição paralisam as atividades remotas de quarta-feira (19). Eles farão uma carreata em Belém em protesto. O dia é escolhido é simbólico. Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública em todo o país.
O ato é organizado pela Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), em parceria com o Sinditifes e DCE-UFPA. A concentração será no Mirante do campus no Guamá, às 9h.
Segundo a associação, “os cortes irão impactar diretamente em todo o seu funcionamento, desde as ações de ensino, pesquisa e extensão às questões como a assistência à população, o apoio à inovação nas empresas, entre outras ações”, diz a Adufpa.
A decisão foi aprovada por unanimidade na Assembleia Geral da Adufpa realizada na última segunda-feira (17). Ainda durante a assembleia, os professores pediram que o reitor Emmanuel Tourinho participe do ato, fortalecendo o posicionamento da Universidade contra o corte de recursos na ordem de pouco mais de R$ 1 bilhão às instituições públicas do ensino superior.
Para garantir o pagamento de despesas, será necessário cortar serviços de manutenção predial e de equipamentos, reduzir contratos de limpeza e vigilância, suspender insumos para laboratórios e limitar atividades que envolvam deslocamento.
“Não temos onde reduzir despesas para cobrir essa perda. Além disso, perdemos seis milhões de recursos da assistência estudantil, em um momento em que a pobreza e a pressão pela evasão aumentam. Ou seja, mesmo que nenhuma atividade específica paralise totalmente, tudo que entregamos à sociedade será prejudicado. E como a universidade tem impacto em todos os setores da sociedade, cedo ou tarde todos sentirão os efeitos dessas decisões sobre os nossos orçamentos”, diz a nota divulgada pela UFPA.
BRASIL
O ato realizado em Belém faz parte das manifestações pelo Dia Nacional de Luta “A Educação precisa resistir”, e será transmitido em uma live a partir das 9h, unindo-se à universidades, institutos e Cefet’s de todo o país. Organizada pelas entidades da educação – ANDES-SN, Fasubra, Sinasefe, UNE, Fenet -, a transmissão contará ainda com a presença de representantes de entidades da Educação Básica, do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e de parlamentares. Além disso, às 11h e às 17h será levantada no Twitter a hashtag #educaçãoprecisaresistir com informações acerca dos ataques à educação pública brasileira.
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