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PROJETO

Musicoterapia leva conforto aos pacientes com Covid-19

Projeto “Bem Me Quer” promove a redução do estresse por meio da música

Imagem ilustrativa da notícia Musicoterapia leva conforto aos pacientes com Covid-19 camera Musicoterapia auxilia no tratamento dos pacientes,. | Divulgação

A música é capaz de acalmar ou agitar. Saber usá-la em beneficio traz um diferencial para a vida.

Os profissionais de saúde do Hospital de Campanha do Hangar, unidade localizada em Belém, estão usando a música para combater o estresse e a ansiedade de pacientes em tratamento contra a Covid-19 na unidade.

Por meio do projeto “Bem Me Quer”, iniciativa do setor de Humanização do hospital, os profissionais se reúnem duas vezes por semana para cantar e tocar músicas e louvores aos pacientes.

A musicoterapia, como é chamada o uso da música no processo terapêutico, auxilia no tratamento dos pacientes, além de proporcionar um momento de lazer e conforto emocional.

De acordo com Adriany Costa, psicóloga da unidade, a musicoterapia tem um importante papel no tratamento da Covid-19, já que os pacientes precisam ficar isolados para o tratamento da doença, tendo que conviver distantes de familiares e amigos.

“Nós temos uma grande preocupação em tornar o tratamento mais acolhedor ao paciente e a música possui um importante papel, pois nos ajuda a diluir medos e ansiedades e se torna uma ferramenta capaz de melhorar o humor, reduzindo o estresse”, explica.

A profissional acrescenta que durante o tratamento da Covid-19 é natural os diversos sentimentos gerados durante a internação, como medo, angústia e até raiva. “Quando o paciente encontra uma escuta ativa e positiva, ele cria um registro em sua mente com impactos que afetam positivamente as relações com o corpo”, complementa Adriany.

O Hospital de Campanha do Hangar é a maior unidade do Pará voltada para o atendimento exclusivo de pacientes com a Covid-19. O hospital conta com 220 leitos e foi implantado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde.

No projeto “Bem Me Quer” participam médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais que possuam interesse em contribuir na ação, seja tocando violão ou cantando. “Não há um número específico de colaboradores que participam, mas desde a sua implantação percebemos que o projeto também está beneficiando os profissionais”, comenta Elizabeth Cabeça, responsável pelo setor de Humanização.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais contribuem tocando violão ou cantando.
📷 Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais contribuem tocando violão ou cantando. |Divulgação

“Além da alegria em proporcionar momentos de conforto aos pacientes, os profissionais de saúde também são capazes de amenizar os próprios anseios na assistência ao paciente. Todos são beneficiados”, ressalta.

PACIENTES

Para Gleyce da Silva Carvalho, de 47 anos, vinda Ponta de Pedras, a cerca de 42 quilômetros da capital paraense, foi emocionante ouvir uma de suas músicas favoritas. Com saudade de casa e dos quatro filhos, a funcionária pública conta que a atividade faz a diferença no processo de recuperação.

“Esse momento é precioso. Quando as pessoas vêm para um lugar como esse, um hospital, não é porque estão bem. Aqui você chega com a esperança de esperança de ser curado. Neste sentido, ter alguém do lado para conversar, ouvir música é muito bom e, sem dúvida ajuda para a melhora”, afirma.

Outra paciente que se emocionou com a atividade foi Maria Raimunda, 51, que veio de Barcarena, no interior do Pará, e está em tratamento contra o coronavírus há sete dias.

“Essas pessoas são anjos. Tiram tempo para cuidar e de se preocupar ainda mais com cada paciente”, comenta. “Eu já passei por muitas coisas na minha vida. Entendo que esse é mais um momento que viverei, mas só depois vou entender o motivo disso”, concluí.

O Hospital de Campanha já atendeu mais de seis mil pacientes. Com ações estruturadas para o auxílio de quem mais precisa, a unidade é referência no tratamento da Covid-19 e de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo Elizabeth Cabeça, todos os processos no hospital são baseados e focados na recuperação dos pacientes. “O objetivo principal de qualquer ação é proporcionar o bem-estar dos pacientes e torná-los participantes do processo de recuperação”, diz a responsável pelo setor de Humanização.

Elizabeth reforça que as ações de humanização no hospital traduzem os esforços em “transmitir ao paciente que cada profissional de saúde está ali, do lado deles, lutando para recuperá-los e que não vamos desistir da vida”.

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