O peixe é um alimento saudável, mas na questão do preço não tem sido nada favorável ao bolso do consumidor. Isso é o que aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), que em pesquisa conjunta com A Secretaria Municipal de Economia (Secon) apontou aumento no preço do quilo na maioria dos pescados, no acumulado dos últimos 12 meses.
O estudo até aponta queda no preço dos peixes consumidos pelos paraenses no comparativo entre maio e abril deste ano, com destaque para a pescada amarelo, que ficou 11,94% mais barato, assim como a arraia, com queda de 11,76%; gurijuba (-9,56%); dourada (-8,61%); tambaqui (-6,76%); piramutaba (-6,75%) e filhote (-6,51%).
- Gás de cozinha subiu quase 16% só este ano na capital
- Caixa paga hoje auxílio emergencial a nascidos em maio
Entretanto, o comparativo entre os dois meses parece apenas ilusório quando se analisa o acumulado do preço do quilo do pescado nos últimos doze meses. Nesse contexto, novamente a maioria dos tipos do alimento apresentou aumento considerável, sobretudo os mais consumidos, como dourada, que apresentou alta de 40,50%, seguida da gurijuba (32,77%); gó (31,47%); mapará (28,85%) e xaréu (28,09%).
E é no aumento acumulado que os consumidores se concentram, o que os motiva a trocar o peixe por opções bem mais em conta ao bolso. “A gente sabe como, além de saboroso, é saudável se alimentar de peixe, mas não é nada saudável ao nosso bolso. Por isso, a gente inclui na alimentação outras opções como frango, fígado, que ainda estão com preços bem mais em conta”, afirmou Edcélia Modesto, 56, professora.
Dessa forma, para incluir o pescado na mesa, o belenense tem adotado a tática da famosa pechincha ou as promoções em relação ao produto. “Primeiro a gente não entende esse aumento porque somos um centro de todo o tipo de pescado. Mas, como essa é a realidade, o jeito é procurar os peixes mais baratos ou procurar os dias específicos em que todos eles entram em promoção nos supermercados e feiras livres”, justificou Wanderley Azevedo, professor.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar