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ECONOMIA

Ambulantes reclamam das vendas ainda baixas na pandemia

Profissionais precisam lidar com a baixa dos clientes e aumento dos preços.

Imagem ilustrativa da notícia Ambulantes reclamam das vendas ainda baixas na pandemia camera "O fluxo por aqui caiu. A praça está fechada e o público vindo à missa diminuiu e isso impactou nas nossas vendas”, Ivanice Azevedo, autônoma | Wagner Almeida

“Quando o movimento era bom eu podia falar em faturamento. Hoje eu só posso falar em sobrevivência”, diz o vendedor ambulante Claudionor Rodrigues, 62 anos. Na banca dele, montada na calçada na Avenida Assis de Vasconcelos, de frente para a Praça da República, no centro de Belém, bombons, pipocas e máscaras para evitar a propagação do coronavírus. Apesar de vender o item de proteção, seu Claudionor não usava nenhuma quando a reportagem passou por ele. “Já estou vacinado. Tomei as duas doses da vacina”, tentou justificar.

Ele chegou a contar um pouco de sua história. O ambulante é natural de Ourém, nordeste paraense, mas já mora em Belém há muitos anos – não sabe dizer exatamente quantos. Mora no bairro da Pratinha e tem esposa. Antes de vender bombons na rua, seu Claudionor trabalhava numa transportadora.

A pandemia trouxe para ele um impacto nas vendas que ele ainda não consegue calcular. “Antes com 100 reais eu ia numa loja de caramelo e voltava sortido de doces e pipocas, agora com esse valor lá não consigo nem a metade do que comprava antes e o pior que não tive como aumentar o preço porque aí que não consigo vender. Não tem festa para vender bombons na frente, isso me aliviava o bolso”, reclamou.

Na Rua Santo Antônio, Adriano Paiva, 39, vende sandálias. Também tem amargado uma baixa nas vendas e no movimento. Não toca nas mãos das pessoas, exceto alguns amigos que cumprimenta com um soco nas mãos. Perto dele um frasco de álcool em gel. Se nesses 15 meses de pandemia mudou algo no cotidiano de Adriano foi apenas as vendas. “Desde o segundo lockdown (que teve este ano) que a gente vem ‘sobrevivendo no empurrão’ e tentando alguma coisa”, disse.

Em frente à Basílica Santuário de Nazaré, a confeiteira Ivanice Azevedo, 31, ajuda a mãe também com uma barraca de bombons. Entre as mudanças que a pandemia causou está a queda do número de turistas visitando o templo onde está a imagem de Nossa Senhora de Nazaré encontrada pelo caboclo Plácido. “A gente vem seguindo os protocolos, usamos máscaras, álcool, mas ainda o fluxo por aqui caiu. A praça (do CAN) está fechada e o público vindo à missa diminuiu e isso impactou nas nossas vendas”, comentou.

Weverton Silva, 19, que ajuda a mãe, dona Maria Silva, 46, a vender pipoca próximo à Basílica, também notou a redução de pessoas frequentando o espaço. “Venho para cá desde criança, porque a minha mãe sempre trabalhou por aqui. Todo dia ela vinha, mas agora a gente se reveza para evitar que ela fique exposta. É a nossa fonte de renda”, comentou.

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