Moradores protestam pela abertura de supermercado em Belém

A Orla da cidade de Belém, sobretudo próxima ao Portal da Amazônia, é hoje um dos locais mais valorizados da cidade e alvo de uma intensa discussão sobre a construção de grandes empreendimentos. De um lado há quem defenda a abertura, alegando que trará emprego e modernização para a região. Do outro, partes da sociedade civil brigam para que o plano diretor da cidade seja considerado.

Em razão de toda essa disputa, um dos empreendimentos, um supermercado, que já está com a estrutura pronta ainda não teve permissão para ser inaugurado o que causa revolta em parte da população da área.

Na manhã desta quarta-feira (14), moradores dos bairros Cidade Velha e Jurunas, em Belém, interditaram o cruzamento da avenida Bernardo Sayão com a Rua Veiga Cabral. Eles pedem a liberação do funcionamento do Atacadão, o nome do supermercado.

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As duas vias foram interditadas com pedaços de madeira, que em seguida foram ateados fogo. Várias pessoas protestaram com cartazes em frente ao local.

Os moradores pedem que liberem o supermercado tanto para abrir vagas de emprego quanto para atender a população.

"Nós queremos emprego, que nossos filhos trabalhem ai. Queremos que abra", disse uma manifestante.

O morador da região, Manuel Melo, que também estava no protesto afirma que as pessoas não aguentam mais essa situação.

"O empresário local não aguenta mais essa situação. Já são três anos de embargo, faz sete meses que está pronto, cerca de duzentos, trezentos com carteira assinada e a gente aguentando eles tendo que remanejar funcionário para outros locais. Se isso funcionar, claro que vai gerar mais emprego. A economia local precisa disso", afirmou Manuel.

DISCUSSÕES NA CÂMARA

Sobre o plano diretor da cidade, que neste momento impede a construção de grandes empreendimentos na Orla de Belém, vereadores discutem sobre o assunto. No mês passado, a votação do veto do Projeto de Lei Complementar nº 01/2020 foi adiada na Câmara de Belém. O PL pode modificar a atual conjuntura.