Hoje não haverá vacinação contra a Covid-19 na capital paraense, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). O município aguarda a chegada de novas doses, para retomar o calendário de vacinação, ainda nesta semana. A Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau) também informou que não haverá vacinação com a primeira e segunda doses nesta terça-feira. Ontem (16), foram imunizadas com a segunda dose na capital as pessoas vacinadas com a primeira até o dia 26 de maio e aquelas que estão com a segunda dose agendada para até o dia 17 de agosto. Para a complementação dessa etapa foram disponibilizados 24 pontos de vacinação.
Na Igreja do Evangelho Quadrangular, na Barão de Igarapé Miri, bairro do Guamá, a procura foi tranquila pela parte da manhã e apenas uma pequena fila se formou. O autônomo Roberto Nunes, de 41 anos, esteve no local para tomar a segunda dose e disse estar um pouco mais aliviado. “Sei que não estarei protegido 100%, porque nenhuma vacina tem esse poder, mas com certeza já vou me sentir um pouco mais tranquilo para continuar a trabalhar”, contou ele, que acredita ter tido covid no ano passado, embora não tenha feito o exame para confirmar.
O local também foi o escolhido pela doméstica Alborina Monteiro, de 45 anos, para tomar sua segunda dose. Ela informou que estava “feliz e aliviada”. “Não deixei de trabalhar durante os piores momentos da pandemia, por isso me sinto realizada e agradecida por estar mais protegida agora”.
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No Mirante do Rio, na Universidade Federal do Pará (UFPA), no bairro do Guamá, a procura não foi intensa pela vacina no período da manhã e apenas uma pequena fila se formou. A comerciante Edenise Gonçalves, 53 anos, escolheu esse local porque mora nas proximidades. Para ela, é importante retornar para receber a segunda dose e completar a imunização. “Tenho uma pequena loja, onde recebo pessoas diariamente, por isso acho fundamental estar completamente vacinada para garantir a minha segurança e das outras pessoas”, enfatizou.
No Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no bairro do Marco, a procura pela segunda dose foi intensa durante o período da manhã. A bancária Luana de Oliveira, de 37 anos, foi uma das pessoas que procurou o local para se vacinar. “É importante para a gente se sentir um pouco mais seguro para continuar a trabalhar”, ressaltou. Ela disse que, apesar das duas doses, pretende continuar mantendo os mesmos cuidados de antes. “Vou continuar usando máscara e higienizando as mãos, até porque tenho um filho de nove anos e preciso protegê-lo já que ainda não há nenhuma previsão sobre a vacinação de crianças”.
A dona de casa Renata Santos, de 37 anos, também foi até a Uepa em busca da segunda dose. “Estava muito ansiosa para receber até porque sou do grupo de risco, tenho diabetes, então estava muito preocupada em tomar logo a segunda dose”, contou.
De acordo com o diretor de Vigilância à Saúde da Sesma, Cláudio Salgado, hoje a vacinação foi suspensa por falta de doses para a primeira etapa. “Não estamos recebendo doses para a primeira aplicação. Por isso, estamos discutindo a possibilidade de, na próxima quarta-feira (18), complementar a vacinação de profissionais de educação que estão agendados para a quinta-feira (19) e sexta (20), mas ainda estamos discutindo essa questão para avisar com antecedência de forma que ninguém seja pego de surpresa”, destacou.
AstraZeneca
- Com relação a dificuldade em encontrar a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca para tomar a segunda dose enfrentada por algumas cidades do país, o diretor informou que o problema não deve afetar Belém. “Inclusive no último sábado, o Ministério da Saúde recebeu três milhões de doses que acredito ser bastante doses para serem distribuídas”, informou o diretor.
- No mês passado, o Ministério da Saúde liberou os municípios para aplicarem a vacina da Pfizer como substituto para a segunda dose da AstraZeneca. “O que ocorreu foi que o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica sobre a troca desses imunizantes apenas em situações de excepcionalidade, onde não for possível administrar a segunda dose da vacina com uma vacina do mesmo fabricante. Como por exemplo, se uma mulher tomou a primeira dose da AstraZeneca, mas depois engravidou, nesse caso ela poderá tomar a segunda dose da Pfizer”, explicou ele, ressaltando que essa “intercambialidade” de vacinas, como vem sendo chamada, não é simples e deve ser comprovada a sua necessidade. “Precisa sempre ser justificada no sistema”, destacou.
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