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TORCIDA

Paixão, dor e glória alimentam o esporte do Pará

Em 11 anos, desde a criação do DOL, muitas reviravoltas com vitórias heroicas e tristes derrotas marcaram, sobretudo, o futebol paraense. Mas, é claro, que nem só de bola e gramado vive o torcedor, esse eterno entusiasta

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Imagem ilustrativa da notícia Paixão, dor e glória alimentam o esporte do Pará camera ANDERSON LUIS ARAUJO DA SILVA

Quem mais venceu títulos nos últimos 11 anos? Qual a torcida que mais abriu o largo sorriso de quem vence e qual mais sentiu o amargor horrível da derrota no futebol paraense? A conta é relativamente fácil, mas nunca é só futebol, não é mesmo? Ganhar e perder são parte da natureza esportiva e nem sempre tem um sentido objetivo nessa ciranda de dor e glória de qualquer partida.

Nesse tempo de cobertura esportiva desde a criação do DOL, que está de aniversário neste mês, o Paysandu levou seis títulos paraenses. Já o seu arquirrival, o Clube do Remo, contabilizou quatro troféus no Estadual.

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Essa dobradinha entre os dois gigantes do Pará foi quebrada duas únicas vezes: em 2011, pelo valente Independente, de Tucuruí, que venceu o Papão nos pênaltis; e, em 2012, por um ousado Cametá, vindo das bandas “dê lá”, que bateu o Leão Azul.

Nesses mais de dez anos, o Paysandu também galgou importantes posições no futebol brasileiro. Uma delas, muito esperada pela fiel, foi o retorno à Série B do Campeonato Brasileiro, em 25 de outubro de 2014, no ano do centenário do Clube.

Infelizmente, o Papão não se manteve na Segundona: em 2018, após sofrer goleada em casa contra o Atlético-GO, num 5 a 2, caiu para a Série C, onde está até hoje. Mas há outras glórias e bons momentos do Lobo da Curuzu: as duas conquistas da Copa Verde, em 2016 e 2018.

Entre grandes momentos de sua história do Paysandu Sport Club, contados no DOL, estão os dois acessos a Série B e até o dia em que o Papa Francisco recebeu do então ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o paraense Walmir Oliveira, a camisa do time paraense, isto em março de 2016.

Para o Clube do Remo, de 2010 até hoje, foram anos de renascimento e reconciliação com os bons resultados diante de uma torcida que nunca o abandonou. O ano de 2015 marcou essa retomada do Filho da Glória e do Triunfo. Foi quando o clube saiu da Série D para chegar à Série C e inaugurar uma boa e mais constante nova fase. Era o fim de sete anos sem disputar um campeonato nacional e de deixar para trás crises financeiras para se manter na Quarta Divisão, inadequada para um time de tamanha história no futebol.

Em janeiro deste ano, o Clube do Remo venceu seu adversário histórico, o Paysandu, em disputa na Série C, e conseguiu subir para Segundona. Para coroar a boa onda do Leão, vale lembrar que a camisa azulina foi destaque internacional, como uma das mais bonitas em um seleto grupo de clubes internacionais.

Outra memória viva do DOL desde o surgimento foi o clássico Remo e Paysandu disputado no Torneio Internacional do Suriname, em 2011. O caso atiçou a rivalidade das maiores torcidas do Estado e o DOL esteve presente em Paramaribo para registrar o jogo histórico. Deu bom par ao Paysandu, que venceu o rival ficando, assim, com o título.

Como nem só de futebol vive o esporte, o Pará nesses 11 anos também foi palco de grandes eventos em outras modalidades. Um deles foi o Grand Prix de Atletismo, que teve edição realizada no Mangueirão. Em maio de 2012, as grandes estrelas da modalidade estiveram em Belém para competir e brilhar. Além dos nomes internacionais, o público paraense pôde ver de perto os medalhistas brasileiros Maurren Maggi e Mauro Silva. Em 2018, o mundo das artes marciais também sacudiu a capital do Pará com o Ultimate Fighting Championship (UFC). Com o baiano-paraense Lyoto Machida como grande estrela, o evento contou com lutas e treinos abertos para um púbico empolgado. No combate principal, Lyoto encarou o norte-americano Eryk Anders, com vitória do brasileiro.

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