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DESENVOLVOLVIMENTO

Em discussão, ferrovia beneficia 12 municípios do Pará

Das 12 cidades envolvidas na iniciativa, onze receberam a visita de técnicos e representantes do Governo do Estado do Pará para discutir as próximas etapas do projeto

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Imagem ilustrativa da notícia Em discussão, ferrovia beneficia 12 municípios do Pará camera O projeto tem gerado boas expectativas nos gestores dos municípios do interior do Estado | Reprodução/Freepik

Desde o dia 18 de outubro, o Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), realiza uma intensa agenda com audiências para tratar e debater o Projeto da Ferrovia do Pará.

A comitiva já passou por 11 dos 12 municípios que integram a iniciativa e serão beneficiados diretamente com a implantação. São eles: Marabá, Paragominas, Bom Jesus do Tocantins, Ipixuna do Pará, Rondon do Pará, Abel Figueiredo, Dom Eliseu, Moju, Tomé-Açu, Barcarena e Acará.

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As audiências servem para debater, junto às prefeituras e demais autoridades políticas e representantes das sociedade civil, alterações, contribuições e reavaliações do projeto da Ferrovia do Pará, que prevê uma extensão de 515 km do tronco principal da ferrovia que passará por estes municípios do interior do Estado.

Prefeituras e gestores de cada município estão com grandes e boas expectativas para o desenvolvimento social e econômico de cada localidade com a construção do empreendimento. Cerca de 27 km de ferrovia ficam somente dentro do município do Acará e isso é um grande reforço para a logística municipal. “O município é um grande produtor, seja no estado primário, ou no corredor logístico no que tange o agronegócio. Assim, é um momento que não só o Acará se destaca no cenário estadual e nacional, mas propicia às empresas e os produtores de outras regiões um acesso mais fácil para escoar a produção deles. Isso é o incentivo que estava faltando”, conta o prefeito da cidade, Pedrinha da Balsa.

Em Paragominas, o setor do agronegócio vai ser impulsionado com a nova logística que a estrada de ferro irá oferecer. “Com certeza vai beneficiar muito o transporte de cargas, o baixo custo do frete, a logística para chegada em postos exportadores. Tenho certeza que a classe empresarial, com a possibilidade de ter de volta uma ferrovia que nos leve a outras localidades, vai se animar também”, revela o prefeito de Paragominas João Lucídio Lobato Paes.

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Para a secretária de Assistência Social do município, Amanda Purger, o povo de Paragominas tem muito a usufruir com a ferrovia. “Nós vamos conseguir desenvolver economicamente a cidade, criar oportunidades de emprego, trazer mais indústrias, o comércio vai aumentar e tudo isso faz com que a nossa população ganhe mais e mais desenvolvimento econômico e social”, afirma.

O município de Tomé-Açu, também, está confiante de que a obra agregue mais desenvolvimento à cidade. “Eu tô sentindo que, do papel, vai passar a ser realidade. A expectativa é grande para que tudo venha dar certo. Como vai ser uma carga geral vai abranger todos os segmentos do município. Então, não só o município, como o estado, o Brasil e o mundo vão crescer e se desenvolver”, diz o Prefeito de Tomé-açu, João Francisco dos Santos Silva.

O procurador geral do município, Edson Lustosa, completa dizendo que as exportações, também, tendem a melhorar. “Além de integrar o estado do Pará e o Brasil, a ferrovia irá integrar os três continentes que compram produtos do Brasil e do Pará, como Europa, América do Norte e Ásia. Sem falar, também, no deslocamento das pessoas e serviços dentro do estado. Com esse volume de serviços passados dentro do município, creio que isso vai aumentar a arrecadação municipal e trazer grandes trocas culturais e tecnológicas”.

Com o rápido avanço do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, o governo do estado trabalha para que a obra tenha os devidos cuidados com o meio ambiente e respeite toda a legislação. Para a prefeita de Abaetetuba, Francinete Carvalho, é importante minimizar os danos à natureza.

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“A gente sabe que qualquer empreendimento tem impacto. Então, temos que pensar nos benefícios e impactos. Se os benefícios forem maiores, a gente tem que trabalhar estratégias para minimizar os impactos. É isso que a gente tá fazendo. O município percebe tudo aquilo que vem para melhorar a vida da nossa população, ou seja, se nós queremos um empreendimento que vai gerar renda e recursos, a gente tem que receber. Por isso, estamos de portas abertas para fazer essa discussão junto com a câmara dos vereadores e a comunidade”, conta a gestora municipal.

Segundo o secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, o projeto será um grande gerador de desenvolvimento econômico no estado. “Esse projeto é único, é completo e de grande importância para nós. Ele vai melhorar o transporte de minério, de cargas gerais, grãos, além de possibilitar o transporte de pessoas. É claro que a gente ainda está resolvendo algumas questões referentes a exigências legais e administrativas para que todo o projeto flua dentro da lei e o estado, como um todo, receba a ferrovia e os benefícios econômicos e sociais que a população desses municípios merece”, conclui o secretário.

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