Embora as eleições do próximo ano não envolvam os legislativos municipais, é possível que haja mudanças na configuração das câmaras de vereadores a partir de 2023. A reportagem do DIÁRIO entrou em contato com quase todos os integrantes da Câmara Municipal de Belém (CMB) e apurou que, apesar de a maioria não ter intenções de concorrer no ano que vem, há quem esteja interessado em trocar de esfera e tentar uma cadeira nos legislativos estadual ou federal - o que pode acarretar em um rearranjo da configuração da CMB caso alguém saia vitorioso.
Dezoito dos 35 vereadores confirmaram que, até o momento, a intenção é mesmo de seguir no mandato sem tentar nenhuma outra candidatura em 2022. O presidente da casa, Zeca Pirão (MDB), e os vereadores Gleisson Oliveira (PSB) e Pablo Farah (PL) tentarão migrar para a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Lulu das Comunidades, do PTC, é o pré-candidato do partido ao Senado, enquanto Fernando Carneiro, do Psol, analisa a possibilidade de também se candidatar à única cadeira elegível do Pará, atualmente ocupada por Paulo Rocha (PT-PA). O restante está ou indeciso sobre concorrer ou não, ou discutindo possibilidades e orientações junto aos respectivos partidos - é o caso de Bia Caminha (PT), Lívia Duarte (Psol), Nazaré Lima (Psol), Miguel Rodrigues (Podemos) e Moa Moraes (PSDB).
Helder representa governadores da Amazônia Legal na Cop-26
Site aponta Theatro da Paz entre os melhores para visitar
Já na Alepa, esta sim participante do processo eleitoral de 2022, boa parte dos deputados deve tentar mesmo a reeleição para o cargo, em especial aqueles que compõem a base aliada do governo. Levando em consideração o fim das coligações partidárias, adotada pela primeira vez na atual composição da CMB na corrida eleitoral de 2020, a média de renovação do Legislativo estadual deve ficar em cerca de 50%, tanto pelos novos eleitos como por aqueles que acabam não conseguindo renovar o mandato nas urnas.
Marinor (Psol), Renilce Nicodemos (MDB) e Raimundo Santos (Patriota) também tentarão uma vaga à câmara baixa do Congresso Nacional.
Alguns deputados estaduais que fazem parte da oposição devem tentar alçar voos mais altos - é o caso de Toni Cunha (PTB), que quer ser candidato a governador, e Delegado Caveira (PP), também pré-candidato a deputado federal.
Legislação
Pela legislação eleitoral vigente, não há impedimentos, para um vereador ou um deputado em exercício de mandatos políticos, de concorrer a outros cargos em um processo eleitoral. Levando em consideração que são eleições gerais, a candidatura fica impedida se, nos seis meses anteriores ao pleito, o parlamentar tiver substituído o prefeito ou governador - a não ser que faça a desincompatibilização dentro dos prazos previstos pela Justiça Eleitoral.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar