Sobre as águas calmas do rio Caraparu, a embarcação que conduz a berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Conceição segue sem pressa e acompanhada por dezenas de canoas, que carregam devotos e símbolos de promessas. O cortejo é uma das mais belas demonstrações de fé que o povo paraense manifesta para louvar a Mãe de Jesus.

Nossa Senhora da Conceição é conduzida numa berlinda sobre as águas rio Caraparu.
📷 Nossa Senhora da Conceição é conduzida numa berlinda sobre as águas rio Caraparu. |Olga Leiria/Arquivo

O Círio de Nossa Senhora da Conceição chegou, nesta quarta-feira (8), a sua 103ª edição, no distrito de Caraparu, em Santa Izabel do Pará. A programação abriu com uma alvorada, seguida de novena e, em seguida, uma romaria seguiu pelas águas até a Comunidade do Cacau. Este ano, a procissão terrestre não foi realizada por causa da pandemia e o número de fieis que participaram da procissão fluvial foi limitado para evitar aglomerações.

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Com o tema “Tendo fé em Deus e Maria no coração, a gente vence todas as barreiras, dificuldades, e doenças que vêm", a festividade convida as pessoas a viverem em comunhão. A programação segue até o próximo dia 12 com novenas, missas e quermesse.

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A tradição católica conta que o Círio de Caraparu começou em 1905, com a doação de um terreno pela senhora Helena Pará, moradora antiga da Vila. Haviam dois grupos católicos, um que defendia que a padroeira fosse Nossa Senhora da Conceição e o outro que tinha preferência por São Pedro. Os grupos fizeram um acordo e o primeiro que concluísse a construção de uma igreja determinaria quem seria o padroeiro ou padroeira da comunidade.

O primeiro Círio, no entanto, só aconteceu em 1918 com apenas rezas e ladainhas, já que a doação da primeira imagem da padroeira por um senhor de Portugal só aconteceu anos depois.

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