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DEZEMBRO LARANJA

Câncer de pele: ficar atento aos sinais é fundamental

No ano passado, estima-se que 17.227 diagnósticos deixaram de ser realizados no país em virtude da pandemia, o que significa uma queda de 24,7% em comparação a 2019. Confira algumas medidas de prevenção!

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Imagem ilustrativa da notícia Câncer de pele: ficar atento aos sinais é fundamental camera Segundo o oncologista Rodnei Macambira, é importante ficar atento a alguns sinais que o corpo emite | Reprodução/CRM-PA

Dezembro é marcado pela campanha nacional de conscientização sobre o câncer de pele. O Dezembro Laranja é organizado desde 2015 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e chama a atenção dos brasileiros para a prevenção, diagnóstico e tratamento.

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No ano passado, estima-se que 17.227 diagnósticos deixaram de ser realizados em todo o país em virtude da pandemia do coronavírus, o que significa uma queda de 24,7% em comparação a 2019. No Estado do Pará, dados recentes divulgados pela SBD apontam que mais de 60 casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados em meio à pandemia, uma queda de 9% em comparação ao período anterior ao avanço da Covid-19.

De acordo com a SBD, a queda no número de diagnósticos em 2020 se deu por conta do receio de contaminação pelo coronavírus e pela suspeita de que ele estaria mais presente nos ambientes ambulatoriais ou hospitalares, fazendo com que as pessoas adiassem seus exames e consultas. Além disso, serviços de saúde remarcaram suas agendas, restringindo o acesso de pacientes ou mesmo limitando seus atendimentos aos casos de Covid-19. Os números analisados pela entidade mostram que a população mais atingida foi a que tem idade superior a 60 anos.

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SINAIS

De acordo com o oncologista Rodnei Macambira, para se prevenir e também auxiliar no diagnóstico precoce da doença e potencializar as chances de cura é importante ficar atento a alguns sinais que o corpo emite. “Uma regra adotada internacionalmente é a do ‘ABCDE’, que serve para identificar possíveis sinais de tumor de pele do tipo melanoma. São eles: ‘assimetria’, onde uma metade do sinal é diferente da outra; ‘bordas irregulares’; ‘cor variável’, ou seja, presença de cores diferentes, desde os tons avermelhados, castanhos, azuis e até brancos, em uma mesma lesão, ‘diâmetro’, quando a mancha chega a ser maior que 6 milímetros e ‘evolução’, quando são observadas mudanças nas características do sinal com o passar do tempo, desde tamanho, forma ou cor”, explica.

O médico destaca, ainda, que a prevenção precisa fazer parte da rotina. “As fases da infância e da adolescência são períodos em que sofremos mais exposição aos raios solares. Por isso, é importante fazer uso desde sempre do protetor solar – acima dos 30 FPS –, óculos escuro e bonés, pois essa exposição desprotegida pode desencadear futuramente o surgimento de doenças de pele”, alerta.

DIAGNÓSTICOS

Outro ponto observado pela SBD foi que em 2020 foram realizados 52.527 diagnósticos para melanoma maligno da pele e outras neoplasias malignas da pele em todo o país, um número 24,7% menor do que os 69.754 notificados em 2019. Em termos de detecção, os piores índices foram observados nos meses de abril e maio de 2020, com uma queda de 51,7% e 57%, respectivamente.

FAIXAS ETÁRIAS

Ao analisar os números sob a perspectiva da idade dos pacientes, as faixas etárias mais prejudicadas foram as que estão a partir dos 60 anos. Nestes grupos, o déficit chegou a 11.906 casos na comparação entre os anos de 2020 e 2019.

Apesar disso, do ponto de vista proporcional, as demais faixas etárias apresentaram comportamentos semelhantes, com destaques para os grupos de até 19 anos (queda de 30%); 30 a 34 anos (queda de 28,8%); e 75 a 79 anos (queda de 27,6%). Separados por sexo, o número de diagnósticos sofreu queda de 26% entre as mulheres e de 23% entre os homens.

Em 2021, os números de diagnósticos ainda não superaram os anteriores à pandemia, levando-se em conta sobretudo os registros dos meses de abril, maio e julho. No comparativo com o que foi realizado em 2019, os números ainda estão 24% menores.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

- Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares

- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10h e 16h

- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material

- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço

- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas

- Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo

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