O surto de gripe já confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) em Belém tem provocado grande movimentação de pacientes nas salas de urgência e emergência da rede municipal de saúde. Segundo a Sesma, os atendimentos relacionados aos casos de contaminação pelo vírus influenza duplicaram nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nos últimos dias.
Durante a manhã de ontem (16), a equipe de reportagem do DIÁRIO percorreu algumas das unidades de saúde da capital e registrou a preocupação de pacientes e acompanhantes em busca de atendimento. Na UPA da Sacramenta um grande número de pessoas aguardava por atendimento médico dentro da unidade, sendo a maioria apresentando os sintomas gripais.
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Moradora do bairro do Barreiro, Yasmin Gonçalves aguardava notícias do seu avô que deu entrada na unidade com o quadro de gripe. “Viemos direto da unidade de saúde do Barreiro para cá, porque disseram que aqui estavam recebendo todas as pessoas com gripe. O ruim é que não podemos entrar para acompanhar e ficamos nessa apreensão aqui fora. Já vi gente até de Outeiro chegar aqui para tentar atendimento”, conta.
MEDIDAS
Indignada com a demora de notícias sobre o quadro de saúde da filha, Domingas Vasconcelos também reclamava da superlotação na unidade. “Com esse surto era para todas as equipes estarem mais preparadas para receber os pacientes. Chegamos aqui cedo e até agora não tive notícia nenhuma dela. Tem gente passando muito mal tendo que aguardar em pé, porque não tem lugar para sentar e esperar o atendimento”, disse. Já na UPA da Marambaia, onde foi registrado na última quarta-feira (15) várias pessoas aguardando por atendimento em corredores lotados e também sentadas no chão do local, o movimento era mais tranquilo pela manhã de ontem.
A Sesma alerta ainda que os sintomas da influenza podem se confundir com casos da covid-19, que segue em estabilidade na capital. Por isso, é fundamental que a população, mesmo vacinada, continue adotando medidas para conter a propagação dos vírus, principalmente adotando medidas de proteção individual e coletiva, como o distanciamento social, a utilização de máscaras e o uso de álcool 70% ou água e sabão para a higienização das mãos.
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