Os meses de dezembro a maio são conhecidos como “inverno amazônico”, já que nesse período, aumenta o índice pluviométrico (quantidade de precipitação de água em determinado local). Neste ano, as chuvas alagaram bairros inteiros e causaram prejuízos para moradores e comerciantes no Sudeste do Pará, afetando principalmente Marabá e cidades que margeiam o Rio Tocantins.
O aumento das fortes chuvas que atingiram o Brasil na reta final de 2021 e início de 2022 provocou alagamentos, além do Pará, em outros 10 Estados de diversas regiões do país. No início da semana passada o governo do Estado do Pará decretou situação de emergência por causa das chuvas intensas que atingem cidades das regiões do Araguaia, Carajás, Lago do Tucuruí, Tapajós e Baixo Amazonas. Ao menos 17 municípios já registraram algum tipo de prejuízo por conta da chuva ou das cheias e foram listadas no decreto estadual. A situação é mais crítica em Marabá, onde mais de 4 mil famílias foram atingidas pela cheia do Rio Tocantins.
Marabá e outros dois municípios – Pau D’Arco e Bom Jesus do Tocantins - estão com reconhecimento federal de situação de emergência junto à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC), segundo informou ao DIÁRIO a assessoria do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). Destes, apenas Marabá apresentou o plano de trabalho com pedidos de recursos parasocorro e assistência.
O Ministério informou que o plano está sendo analisado pela Defesa Civil Nacional “e a portaria de liberação de recursos pode ser publicada na próxima semana se estiver tudo de acordocom a legislação vigente”.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) concluiu um levantamento feito junto ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), sobre os desastres decorrentes das chuvas em todo Brasil. A entidade usou o período sazonal das chuvas que se inicia a partir do primeiro dia de outubro e termina no final de março do ano seguinte, referentes aos anos de 2017 até 17 de janeiro de 2022. A CNM constatou que, nesse período, foram gerados prejuízos econômicos nos municípios afetados que somarammais de R$ 55,5 bilhões.
PERÍODO
Nesse levantamento, a Confederação Nacional dos Municípios constatou que no período analisado foram feitas 5.622 decretações de situação emergencial em vários municípios brasileiros que registraram tragédias decorrentes do excessode chuvas no período.
Ao distribuir essas decretações pelos anos em que os desastres ocorreram – de outubro de 2017 a março de 2018; mesmo período de 2018 a 2019; 2019 a 2020; e finalmente de 1º de outubro do ano passado até 17 de janeiro deste ano – o período referente a 2021/2022 já bateu todos os recordes, mesmo ainda não tendo encerrado o período de chuvas: já soma 1.302 decretos contra o período 2020/2021, queteve 878 decretações.
O documento mostra que as chuvas dos últimos anos – de 2017 a 2022 - afetaram 549.166 habitações, sendo que 533.198 foram danificadas e 15.968 foram totalmente destruídas, sendo que o período chuvoso de 2019/2020 foi que o que mais apresentou número de casas danificadas e ou destruídas somando 143.602, seguido do período 2020/2021 com 130.884 casas danificadas e ou destruídas.
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