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Preço do botijão de gás de cozinha chega a R$ 150 no Pará

No dia a dia, o reajuste autorizado pela Petrobras já pesa no bolso de todos, principalmente em quem trabalha na área da alimentação

Imagem ilustrativa da notícia Preço do botijão de gás de cozinha chega a R$ 150 no Pará camera Os autônomos como Nilson Cardoso e Silvio Borges, que trabalham com alimentos, já sentem o reajuste do preço do produto que, cedo ou tarde, acaba chegando em seus clientes | Foto: Ricardo Amanajás

A sequência de aumentos no país tem causado uma onda de preocupações entre os brasileiros. No Pará, comerciantes já sentem a alta no preço do gás de cozinha - autorizado pela Petrobras em 16,1% -, e o maior temor é a perda de clientes devido aos repasses para o consumidor.

Silvio Borges, de 45 anos, é um desses profissionais que precisou reajustar os valores no cardápio. “Eu sou conhecido por vender café e com preço bom. Todos os dias o meu box fica lotado de clientes que sentiram os reajustes nos últimos dias. Tentei segurar o máximo que pude, mas não deu”, afirmou o autônomo.

Preço do botijão de gás de cozinha chega a R$ 150 no Pará
📷 |Foto: Ricardo Amanajás

Há 25 anos trabalhando na Feira da 25, no bairro do Marco, Silvio contou que por mês usa em média cinco botijões de gás. “Muitas coisas que ofereço adianto de casa. Se eu deixasse para fazer tudo aqui, certamente eu gastaria bem mais com o gás de cozinha”, completou.

Na capital paraense, o levantamento realizado pela a Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontou que o valor médio encontrado foi de R$ 116,46 a unidade do botijão de gás, com preço mínimo de R$ 100 e o máximo de R$ 130. Se comparar o mesmo período do ano passado, a alta é de quase 30%, já que o botijão era vendido na época a R$ 89,71.

Com base nos valores atuais, Borges gasta em média R$ 582,30 todos os meses. “Tem que vender muito café para custear esse valor e ainda sobrar dinheiro para manter a casa. Mas é isto, como dependemos deste item, não podemos parar. Resta então ter fé em dias melhores”, declarou.

Em municípios do interior do estado a situação foi considerada pior. A ANP revelou que em Redenção, no sul do Pará, em pelo menos cinco postos autorizados, o valor do botijão gás de 13 quilos chegou a R$ 150.

CONSUMO ALTO

Outro comerciante que depende do gás de cozinha é o tacacazeiro Nilson Mendes Cardoso. Há 30 anos vendendo comidas típicas no bairro do Canudos, ele conta com o “jogo de cintura como estratégia para não transferir as constantes altas ao consumidor”, explicou.

O estabelecimento possui uma cozinha que funciona quase 24 horas por dia, o que gera um consumo semanal de dez botijões de gás. “No final do mês a conta é pesada, pois são 40 unidades. Vai chegar um momento que infelizmente teremos que reajustar os preços dos nossos produtos”, lamentou.

Com base na média do preço aplicado hoje, Nilson tem um custo mensal de R$ 4.658,40 só com esse produto, o ivalente a mais de três salários mínimos que hoje está no valor de R$1.212. “Por enquanto estamos fazendo de tudo para manter os nossos valores. Mas tá difícil!”, reforçou.

UMA AJUDA PARA COMPRAR O BOTIJÃO

Até o mês de janeiro de 2022, quem ganhava um salário mínimo em Belém sentiu a renda comprometida em quase 9% na compra do botijão, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA). Com os valores atuais, o trabalhador precisa separar agora cerca de 10,72% da renda pessoal só com o produtor.

Para tentar amenizar os impactos no bolso dos brasileiros, o Governo Federal sancionou o “Auxílio Gás", com o objetivo de ajudar famílias de baixa renda. O beneficiado recebe um valor correspondente a 50% da média do preço do botijão de gás de 13 quilos estabelecido pela ANP.

Para ter direito ao benefício, as famílias precisam estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), além de terem renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional.

No Pará, o Governo do Estado criou o Programa “Vale Gás” para atender famílias em situação de extrema pobreza. A terceira parcela de R$ 100 foi paga recentemente a cerca de 100 mil famílias.

Os beneficiários precisam ter renda per capita igual a zero e estar inclusos no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) e receber o Auxílio Brasil (que substituiu o Bolsa Família).

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