A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1% da população acima dos 65 anos conviverá com algum grau de doenças relacionadas com o Mal de Parkinson. Com o aumento da expectativa média de vida da população, a OMS estima que o número possa chegar a 3% até 2030, tratando-se da segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Alzheimer. Porém, ainda que seja uma doença mais relacionada à população idosa, o número de pessoas abaixo dos 60 anos diagnosticadas com Mal de Parkinson vem aumentando.
Visando criar um alerta pela busca do diagnóstico precoce, o dia 11 de abril foi instituído como o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson. No estado do Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) vem fortalecendo o trabalho de atendimento às pessoas já diagnosticadas, assim como intensificar a busca pela chegada de um diagnóstico definitivo na população que apresente alguns dos sintomas.
Os sintomas iniciais são bastante variados, por isso a necessidade de buscar rápido o atendimento primário na rede básica de saúde para possível encaminhamento para a área especializada. Como se trata de uma doença que atinge a parte do sistema nervoso responsável pelos movimentos, deve alertar-se para o aparecimento de lentidão de ações musculares, tremores nas extremidades das mãos (especialmente em repouso), distúrbios de fala e dificuldade para engolir. Além dos sintomas motores, alterações de humor, das rotinas de sono, lapsos de memória, tontura constante, irritabilidade podem indicar o início de doenças relacionadas ao Parkinson.
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No Pará, a Sespa instrui a população a buscar o mais cedo possível uma das Unidades Básicas de Saúde de todo o estado, de onde os possíveis casos serão encaminhados para médicos especialistas que ajudarão a chegar a um diagnóstico. Na capital, o Hospital de Clínicas e o Hospital Universitário Barros Barreto são unidades de referência ao atendimento de doenças neurodegenerativas no estado.
Para a população com diagnóstico de Parkinson, a Sespa dedica atendimento farmacêutico especializado em 32 unidades de saúde em todo o Pará para a distribuição de medicamentos para os usuários do Sistema Único de Saúde.
O Coordenador Estadual da Saúde do Idoso da Sespa, Amujacy Vilhena, salienta que o trabalho feito pelo governo do estado também é feito para a conscientização da rede de apoio da pessoa diagnosticada com Mal de Parkinson, afinal trata-se de uma doença que em alguns casos demandam uma atenção especial da família ou de outros acompanhantes. “Infelizmente a doença de Parkinson possui muitos aspectos poucos conhecidos. Desenvolvemos uma cartilha para ser distribuída para os acompanhantes dos pacientes e incentivamos os profissionais de saúde que lidam com parkinsonianos a terem atenção com esta rede de apoio. É fundamental que todos em volta da pessoa com Parkinson compreender a possível evolução da doença e os cuidados necessários que nem sempre serão capazes de lidar sozinhos”, afirmou.
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