As discussões sobre as questões raciais no Brasil continuam, pois mesmo após o fortalecimento de grupos e entidades de identidade afro-brasileira, a injuria racial, o preconceito e o racismo estrutural ainda existem e fazem vítimas em todos os lugares do Brasil e do mundo.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), o Pará apontou que, em 2020, foram registrados 55 casos de discriminação racial, um número superior aos 43 contados no ano anterior, uma redução de 21,8%.
Já no Brasil, de acordo com levantamento presente no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram 10.291 registros de injúria racial, mas o número absoluto de casos de racismo não ultrapassou 3 mil, apontando para a subnotificação desses crimes.
Professora sofre racismo de alunos pelo WhatsApp no Pará
A professora Isabelle Costa entrou para as estatísticas na última semana. Ela foi vítima de racismo, crime cometidos por alguns alunos do 9° semestre de fisioterapia. O caso ocorreu em Itaituba, região Oeste do Pará, através de conversas por aplicativo de mensagens.
Nas mensagens, os alunos dizem palavras ofensivas e discriminatórias contra a professora. Na conversa dos estudantes, há comentários maldosos do tipo: "nossa querida fuá", "ela não sabe nem lavar os cabelos", "safada", diz um dos alunos.
Após o episódio, a professora pediu demissão e os alunos manifestaram seu descontentamento com a situação através de um protesto, na última quinta-feira (14). Segurando cartazes com frases antirracistas, os acadêmicos pediam uma posição da instituição de ensino.
Na manhã desta quarta-feira (20) a profissional de educação vítima de injúria racial em Itaituba foi ouvida pelo Ministério Público do Estado do Pará.
Em entrevista ao portal Giro, o promotor de justiça, Ítalo Costa, fala quais providências serão tomadas a partir de agora.
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