A influenciadora digital Joene Alves Coutinho, que tem 133 mil seguidores no Instagram, segue presa em Uruará, no Sudoeste paraense, acusada do crime de falsificação de cédulas de dinheiro. Na manhã do último sábado (21), a modelo e musa fitness de 25 anos passou pela audiência de custódia no Fórum Municipal de Uruará. Na ocasião, a juíza de plantão declarou-se incompetente para avaliar o crime e encaminhou o inquérito para a Polícia Federal.
Enquanto as investigações prosseguem, as vítimas, a maioria composta de feirantes do Mercadão Municipal de Uruará, não escondem a revolta diante da tentativa de golpe aplicada pela “Gatinha da nota fake”. De acordo com os comerciantes, o que causou maior indignação foi o fato de Joene ter abusado da boa-fé dos feirantes locais.
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“Ela usou da bondade das pessoas do mercado para vir fazer esse tipo de coisa. Chegou lá dizendo que ela gostava de ajudar todo mundo, ela gostava de comprar na banca de cada um, um pouquinho, pra ajudar. Dava uma nota de cem, a pessoa voltava o troco”, declarou a feirante Cleici, que chegou a desconfiar da nota de R$ 100 usada pela moça no momento do pagamento.
“Eu falei: ‘essa nota parece que está falsa’. Ela disfarçou, logo saiu. Só que agora, a gente tá sabendo que ela continua enganando as pessoas na rua. Ela fazia questão de comprar R$ 10 na minha banca, R$ 10 na banca da outra, na banca de todo mundo ela comprava R$ 10”, detalhou.
Proprietário de um açougue no Mercadão Municipal, Antônio Erasmo foi uma das vítimas da musa fitness, conhecida nas redes sociais como a “Menina da toalha” por publicar fotos sensuais vestindo apenas a tradicional roupa de banho. “Comprou R$ 20 de linguiça, a minha esposa deu R$ 80 de troco para ela e eu não estava no açougue na hora. Quando eu cheguei, já estava comentário demais, das notas que ela tinha passado para outros comércios. Aí o pessoal tomou providência e procuramos os nossos direitos”, contou Antônio Erasmo.
Situação idêntica ocorreu na mercearia de Antônio Pinto. O comerciante acredita que só não percebeu que a cédula utilizada pela influenciadora era falsa devido à pressa durante o atendimento. “Ela comprou R$ 10 de pães. Na verdade, a minha funcionária que atendeu, e eu estava apressado fazendo serviço e nem tinha percebido. Devolvi R$ 90 para ela, como não tinha conhecimento ficou por isso mesmo”, afirmou.
Tablet do filho
Denunciada, Joene Coutinho acabou sendo presa ainda, na tarde de quinta-feira (19), e indiciada por crime contra a fé pública de moeda falsa. Na sexta-feira (20), a modelo foi conduzida a um hospital da cidade para fazer exame de corpo de delito.
Em sua defesa, alegou não saber que estava de posse de dinheiro falsificado no momento das compras. Ela disse ter recebido as cédulas como pagamento pela venda do tablete de seu filho, por R$ 1,700. No entanto, não soube identificar o suposto comprador do equipamento.
Segundo a Delegacia de Polícia Civil de Uruará, no total foram apreendidos R$ 1.300 em notas falsas de R$ 100. As investigações prosseguem, agora a cargo da Polícia Federal, para identificar os responsáveis pela falsificação e determinar se a versão apresentada pela suspeita tem algum fundo de verdade.
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