A ação policial do Bope contra facçoes criminosas realizada na última quarta-feira (24), no Rio de Janeiro, ganhou notoriedade nacional após um confronto entre os agentes de segurança e os criminosos, que resultou na morte de 23 pessoas. Entre elas, alguns criminosos que atuavam e lideravam facções no Pará.
Até o momento, quatro criminosos que atuavam no Pará e estavam foragidos no Rio de Janeiro tiveram as mortes confirmadas. São eles Carlos Alexandre de Oliveira Rua, vulgo “Xandy”, paraense com mandado de prisão preventiva decretada por ter praticado homicídio contra um policial militar em 2018 no Estado do Pará; Luiz Carlos Gonçalves Cordeiro, que estava abrigado na vila Cruzeiro, reduto dos faccionados Paraenses, foragido do sistema penitenciário paraense, onde responde por vários crimes de roubo; Eraldo de Noves Ribeiro, vulgo “Pezão”, apontado como uma das lideranças estaduais da facção criminosa que estava atentando contra policiais e organizava tráfico no Pará e estava foragido do sistema penitenciário do Estado, por ter praticado crime de roubo a banco, na cidade de Moju; e Mauri Edson Vulcão da Costa ou Marlon da Silva Costa, 35 anos, conhecido como Déo, liderança da organização criminosa na região de Abaetetuba, onde determinava ataques a agentes públicos de segurança.
Além deles, um quinto integrante de facção criminosa pode ter morrido no confronto, mas a informação ainda não está oficializada. Trata-se de Adriano Henrique Rodrigues Xavier, vulgo “Playboy”, o qual integrava grupos de assaltantes, respondendo por crime de roubo majorado.
PRISÃO
Além das mortes no confronto com agentes do Bope, após articulações a Polícia Civil do Pará, na cidade de Abaetetuba, foi decretada a prisão de Ryan de Almeida Ramos, conhecido como “Molequinho”, que possui três passagens por tráfico de drogas. Ele estava internado no Hospital Salgado Filho, após ter sido alvejado no confronto com a polícia ocorrido na Vila Cruzeiro.
Nesta quinta-feira (26), o Delegado Geral de Polícia Civil do Estado do Pará, Walter Resende, foi ao Rio de Janeiro para dialogar com a Superintendência da Polícia Federal a Secretaria Estadual de Polícia Civil, para traçar estratégias no enfrentamento as lideranças de facções criminosas que tem atuação tanto no Pará como no Rio de Janeiro, fortalecendo ainda mais a relação de troca de informações entre as instituições.
OPERAÇÃO
A operação foi deflagada na última terça-feira (24), pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Rio no Complexo da Penha, Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, tem como o objetivo o combate à criminalidade na região.
Morto no RJ era mandante de execuções de agentes no Pará
A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou nesta quinta-feira (26) que o número oficial de mortos na operação policial na Vila Cruzeiro, na Zona Norte da capital fluminense, é de 23 pessoas e não 26, como apontava a contagem consolidada em hospitais da região. A ação já é a segunda operação policial mais letal já registrada no Rio de Janeiro.
Com a identificação dos corpos, a Polícia Civil informou que três morreram, na verdade, em um confronto entre traficantes no Morro do Juramento, na mesma região, que também aconteceu na terça-feira (24).
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