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Pará pode ter 494,6 mil trabalhando remotamente, diz estudo

Segundo o Ipea, mais de 20 milhões de pessoas podem estar trabalhando de forma remota no Brasil.

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Imagem ilustrativa da notícia Pará pode ter 494,6 mil trabalhando remotamente, diz estudo camera Esse panorama, que avalia essa nova modalidade de trabalho no país, foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). | Pixabay

Mais de 20 milhões de pessoas podem estar trabalhando de forma remota no Brasil. Esse panorama, que avalia essa nova modalidade de trabalho no país, foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que estima que 24,1% do total de pessoas ocupadas no mercado de trabalho brasileiro estão aptas a realizar as atividades diárias de forma remota.

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Na região Norte esse potencial é de 20,5%, ou cerca de 68.9 mil pessoas. O Distrito Federal apresenta maior potencial de trabalhadores em home office, com 37,8% de pessoas. Na outra ponta, com 494.667 e a menor proporção, está o Pará com 15,3% trabalhadores, ou menos da metade do DF.

Em todas as unidades federativas, as mulheres são maioria no teletrabalho potencial. Em todo o Pará a estimativa é que elas dominem as atividades exercidas em teletrabalho, com 295 mil mulheres, ou quase 100 mil a mais que os homens que representam 199.528 trabalhadores. O recorte que detalha as regiões metropolitanas mostra que em Belém essa proporção de mulheres chega a 58,70%, com 121.398 profissionais trabalhando de forma remota.

O estudo avaliou também o impacto do trabalho remoto nos segmentos sociais no país. No Norte e Nordeste o percentual de pessoas pretas ou pardas no teletrabalho pode passar de 70%; com destaque para o Amapá, onde o resultado foi de 80,5%. No Pará essa porcentagem é de 74,9%, a quarta maior entre as unidades federativas. A exceção nessas regiões é o Rio Grande do Norte, onde esse percentual fica próximo de 50%.

Em contrapartida, nos estados da região Sul, o que foi apurado é exatamente o oposto: em nenhum deles o percentual de pretos e pardos é superior a 25%, com destaque para Santa Catarina, onde essa estatística totaliza 10,1%.

ESCOLARIDADE

Já no recorte que representa a escolaridade de quem trabalha em teletrabalho no Brasil, a distribuição dos ocupados potencialmente em home office é mais uniforme entre, aponta o Ipea. Em todas as localidades, o teletrabalho potencial é constituído majoritariamente por indivíduos com pelo menos o ensino superior completo, variando de intensidade.

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Nos casos extremos estão Bahia e Distrito Federal, onde a participação de pessoas com ensino superior completo é de 50,2% e 72,7%, respectivamente. No Pará essa participação é de 60,9%, de trabalhadores com superior completo ou pós-graduação. A porcentagem dos “sem instrução ou com ensino fundamental incompleto” chega a 4,8%, a segunda maior taxa nessa categoria no Brasil, ficando abaixo apenas de Rondônia (6,4%).

POR IDADE

O estudo analisou também a distribuição das pessoas em teletrabalho potencial por faixa etária. Na maioria dos estados, o subgrupo das pessoas de 30 a 39 anos é majoritário. Porém, em seis estados, incluindo o Pará, essa posição é ocupada por indivíduos de 40 a 49 anos. A Paraíba é o único estado no qual a faixa etária predominante é a de pessoas de 20 a 29 anos.

Com relação aos rendimentos gerados por pessoas em teletrabalho potencial, essa força é responsável por 40,4% da massa de rendimentos total do país.

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O Sudeste tem maior contribuição para esse montante nacional, sendo que São Paulo lidera de longe com R$ 31,5 bilhões gerados por esse grupo, o que corresponde a 35,9% de toda a massa salarial efetiva gerada no país por pessoas potencialmente em home office. No Pará o valor total pode chegar a R$1,7 bi.

O estudo do Ipea mostra, em resumo, que há um predomínio nas ocupações potenciais de trabalho remoto entre mulheres (58,3%), pessoas brancas (60%), com nível superior completo (62,6%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (71,8%). Mais da metade desses trabalhadores em teletrabalho potencial encontra-se na região Sudeste (que tem o maior percentual, 27,7%), seguida pela região Sul, com 25,7%, e Centro-Oeste, com 23,5%. Nas regiões Norte e Nordeste, o patamar é inferior, respectivamente, de 17,4% e 18,5%.

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