Um agente da Superintendência Executiva de Mobilidade urbana de Belém (SEMOB) foi filmado cobrando propina de um comerciante, após uma infração de trânsito cometida na área do comércio, próximo à pedra do peixe, no Ver-O-Peso. O caso foi divulgado pelo próprio vendedor, que postou em suas redes sociais o ocorrido.
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Segundo o Alexandre Silva, o fiscal de trânsito teria cobrado R$ 80,00 para que a multa não fosse aplicada. "Eu realmente coloquei o cinto de segurança com o carro em movimento. Foi então que ele pediu para que eu encostasse. Em seguida o agente perguntou como eu poderia resolver e foi aí que disse para ele me orientar. Em bloco de notas, ele pediu que eu pagasse oitenta reais para ele, mas falei que não tinha e, novamente, ele escreveu setenta reais. Fiquei revoltado", disse o comerciante.
O vídeo gravado pela esposa de Alexandre mostra o momento em que os dois discutem. Depois que o comerciante disse que estava filmando o agente não aplicou somente uma multa, mas sim três. Duas não cometidas pelo condutor.
Veja o vídeo!
"Uma multa tudo bem. Mas, duas é perseguição. Eu não estava no celular como na notificação. Não existe a parte de estacionar em local proibido. Até porque parei onde ele me orientou", acrescentou o comerciante.
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O agente denunciado costuma ficar na esquina da Av. Portugal com a 15 de Novembro. Segundo Alexandre, ele se sente perseguido pelo servidor público, que já conhece o seu veículo.
"Agora quando passo aqui ele deixa de fazer tudo para olhar meu carro. Minha esposa e eu já ficamos com medo. Apreensivos." finalizou Alexandre.
O vendedor ainda registrou uma outra situação, em suas redes sociais. Em um vídeo ele mostra o momento que duas jovens conduziam uma moto, pelo mesmo perímetro, porém, não estavam utilizando capacete. Segundo uma das jovens, o agente estava querendo apenas o "Aqué" (gíria utilizada na comunidade LGBTQIA+ que significa dinheiro). Ou seja, a propina e não necessariamente organizar o trânsito.
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Uma das mulheres teria pago o valor cobrado pelo agente, que era de R$ 1000 (mil reais) e, após isso, foi embora, como se nada tivesse acontecido. Passando, inclusive, pelo servidor que nada fez. Veja!
A reportagem do DOL entrou em contato com a Semob, que se pronunciou através de nota, afirmando que "repudia qualquer tipo de conduta que não condiz com os princípios que norteiam a administração pública, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência" e que "orienta o usuário a formalizar a denúncia para a Ouvidoria, em nossos canais de atendimento, pelo site (semob.belem.pa.gov.br), e-mail (ouvidoria.semob@cinbesa.com.br) ou entrando em contato pelos números 118 ou (91) 98415-4587. É preciso identificar nome completo, e-mail, telefone, endereço e uma descrição da situação para medidas administrativas cabíveis".