Uma casa sustentável e acolhedora em meio a floresta

“Pode entrar! A minha casa é sua também”, diz o produtor de açaí Celso de Jesus, morador da Ilha das Onças, que fica em frente a Belém. A acolhida é ainda no trapiche, logo após o barco “popopô” aportar. A viagem do continente até a casa dele dura entre 20 a 30 minutos, depende das condições da maré. Além da hospitalidade, também chama a atenção a decoração da palafita. Tudo feito com resíduos recicláveis e reutilizáveis, mostrando a criatividade ribeirinha na preservação do meio ambiente.

A acolhida que começou com um simples almoço à margem do rio

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A sustentabilidade por lá também está presente no sistema de coleta de água da chuva e nas placas solares que garantem energia elétrica. O banheiro também é ecológico, fruto de um projeto desenvolvido pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), assim como a horta suspensa no quintal da casa.

A Casa do Celso é um exemplo a ser seguido em vários lugares da Amazônia, quiçá do mundo. Respeita a floresta e o rio, retirando deles tudo o que se precisa para viver de forma confortável e muito bem. Sem desmatar, sem poluir. E o melhor de tudo é que hoje esta casa está aberta para quem quer conhecer como vive um ribeirinho da Amazônia. Uma experiência que não se limita à travessia de rio para comer um peixe delicioso, ali, na floresta que tem vista para a selva de pedras.

É atualmente um roteiro quase obrigatório para quem mora na capital paraense ou está de visita pela cidade. Vale lembrar que, apesar de ficar de frente para Belém, a Ilha das Onças é território de Barcarena.

Não há uma travessia regular para a Casa do Celso, as visitas (os passeios) precisam ser agendados previamente. Hoje, já funciona o serviço de hospedagem (quarto casal). O imóvel é de madeira, estilo palafita. Por sinal, casas ribeirinhas são charmosas, né? Possuem uma arquitetura rica em detalhes e acabamentos.

Tanto no interior da casa quanto na varanda, o colorido se faz presente graças à decoração feita pela esposa do Celso. A ornamentação traz “restos” de objetos usados na navegação ribeirinha, resíduos que correnteza arrastou e que foram jogados nos rios por pessoas mal-educadas.

O café da manhã e o almoço são fartos, com ingredientes e temperos caseiros. Com destaque no café a tapioquinha e no almoço o peixe frito ou camarão com açaí, é claro. O açaí, inclusive, é produção própria. O Celso tem 5 mil pés de açaizeiro em seu terreno e da venda do fruto é que ele sustenta a família. O turismo ecológico é, por enquanto, uma fonte de renda alternativa.

Quem chega a casa, vive um pouco da rotina e do cotidiano da família - e isto pode incluir um dia para a colheita de açaí ou ir buscar camarão, coisas do tipo. Quem não quiser fazer nada disso, tem a opção de ficar deitado na rede ou de aproveitar o banho de rio. Atualmente, há uma programação de Yoga na margem do rio, trilhas e passeios de canoa.

Casa do Celso

Como reservar

l Pelo telefone/Whatsapp 91 99127.1276

Tipo de hospedaria

l Suíte simples

Valores:

l Hospedagem: R$ 598 (o casal), com tudo café e refeições inclusas.

l Café: R$ 55

l Almoço: R$ 145 por pessoa (buffet livre)

l Travessia: R$ 20 (ida e volta)