plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
NA ESTRADA COM O DIÁRIO

Veja o melhor roteiro para um turismo gastronômico

Neste terceiro fascículo do Na Estrada com o Diário 2022 vamos apresentar alguns roteiros pelos sabores paraenses que todo mundo precisa experimentar. Seja quem more no Estado ou esteja de visita.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Veja o melhor roteiro para um turismo gastronômico camera Denilson D’Almeida

A diversidade de ingredientes, temperos e insumos que as florestas e rios da Amazônia dão, proporciona um sabor mais do que especial na culinária paraense e, a partir disto, a nossa região acaba agraciada com um turismo que, não só atrai pessoas do mundo inteiro, bem como “conquista pelo estômago”. Ninguém resiste aos cheiros e sabores. O colorido dos ingredientes é outra característica que mexe com os sentidos.

Não foi à toa que Belém ganhou da Unesco o título de Cidade Criativa da Gastronomia e a culinária pitoresca vai além dos limites da capital. Cada cidade, cada região paraense, tem um jeito característico de cozinhar.

Neste terceiro fascículo do Na Estrada com o Diário 2022 vamos apresentar alguns roteiros pelos sabores paraenses que todo mundo precisa experimentar. Seja quem more no Estado ou esteja de visita.

Pratos simples e sofisticados que fazem parte do cotidiano do amazônida e que ao ser servido na beira de um rio, no restaurante de uma cidade histórica e até mesmo no meio do mangue acaba ganhando um toque especial.

Se delicie nas dicas do Na Estrada. Aproveite que a alta temporada de verão está na porta e comece a planejar o passeio de férias incluindo um almoço saboroso na viagem.

Roteiro 1 - Ilha de Mosqueiro/Belém

Moqueio: A tradição indígena Tupinambá na gastronomia da Ilha de Mosqueiro

A origem do nome ‘Mosqueiro’ deriva de um antigo sistema de preparo de alimentos por grupos indígenas Tupinambás que habitavam a ilha. Eles usavam o "moquém" para assar a carne obtida através da caça e o peixe que conseguiam com a pesca nos rios da região. Eles colocavam o alimento numa estrutura (grelha) de madeira sobre a brasa para moquear (assar). É como se fosse uma espécie de churrasqueira primitiva.

A tradição ainda resiste na ilha, embora seja uma prática adotada por poucos moradores. É o caso de Adriana Lima e André Monteiro, que recentemente abriram as portas da casa deles, na praia do São Francisco, para receber turistas interessados nas delícias gastronômicas da ilha de Mosqueiro, longe das aglomerações.

Veja o melhor roteiro para um turismo gastronômico
📷 |Denilson D’Almeida

A ‘Casa Moqueio’, como eles batizaram, não é um restaurante comum. É um lugar de acolhimento para a contemplação da natureza e um santuário para quem quer limpar a mente da rotina e transtornos urbanos. “É como se estivéssemos recebendo amigos que vem passar o fim de semana na praia ou férias. Tanto que quem liga ou manda mensagem dizendo que está vindo, a gente lembra logo para trazer a rede para dormir depois do almoço”, diz André.

Tudo no local é simples e rústico, respeita a natureza. Na cozinha não entram temperos e alimentos industrializados. Tudo é natural e comprado de pequenos produtores da ilha de Mosqueiro, desde o urucum aos legumes, frutas e verduras. “O peixe a gente compra direto dos pescadores na ponte do cajueiro”, reforça Adriana, que é a chef de cozinha. “A nossa proposta também é ajudar e estimular o negócio das famílias locais”, acrescenta.

O carro-chefe da cozinha é o peixe assado no moquém e a moqueca de arraia.”Também preparamos a caldeirada de galinha caipira. A gente trabalha com reservas. Os visitantes mandam mensagem ou telefonam com antecedência para a gente combinar o cardápio do almoço e preparar tudo no dia da visita. Assim garantimos o uso de alimentos frescos”, explica sobre o funcionamento. Há limite de pessoas para a visita.

A casa fica na Rua Luiz de Camões, no início da praia, no sentido de quem chega à ilha de Mosqueiro. Os visitantes podem armar rede na varanda da casa de dois pavimentos e usar a sala para assistir televisão.

Um trapiche de madeira leva até a praia. Na maré cheia, nem precisa sair da estrutura para dar um mergulho.

O lugar é um oásis para quem quer desfrutar da bucólica ilha de Mosqueiro entre amigos e familiares.

Casa Mosqueiro

Onde fica:

Praia de São Francisco, na Ilha de Mosqueiro.

Como chegar:

De carro, acesso pela Rua Luiz Vaz de Camões, próximo ao Cajueiro.

Cardápio mais procurado:

Peixe assado, moqueca de arraia e caldeirada de galinha caipira.

Reservas:

(91) 98909.8445

Roteiro 2 - Ilha das Onças

Das tribos Aimorés à fantástica vida ribeirinha: Sabores à margem do rio

Distante a 15 minutos de Belém, a ilha das Onças, em Barcarena, despertou recentemente para o turismo ecológico e gastronômico na região. Num modelo de negócios que se compara aos da ilha do Combu, os furos e igarapés se tornaram caminhos para restaurantes cujo cardápio exalta os saberes indígenas, africanos e europeus que formam, hoje, a cultura e a identidade do brasileiro, em especial do caboclo da Amazônia.

Um dos lugares que melhor tem oferecido uma experiência de contato com a natureza e um cardápio pitoresco é o restaurante Aimoré. O nome foi inspirado na etnia dos aimorés, grupos indígenas que não mantinham moradia fixa num só lugar. Estavam sempre migrando para outros lugares e regiões.

Veja o melhor roteiro para um turismo gastronômico
📷 |Denilson D’Almeida

O restaurante fica furo do Nazário, onde também funciona outro empreendimento. Quem comanda a cozinha é a chef Rosana de Fátima Palheta, que sabe temperar um peixe como ninguém. O Aimoré não é concorrência para os restaurantes da ilha do Combu, e sim mais uma opção para quem gosta de aliar a boa culinária ao contato com a natureza. Isso sem falar do banho de rio e da opção de praticar esportes aquáticos, como o (SUP) e caiaque.

A travessia para o Recanto é feita de hora em hora e o barco parte do Porto Shalom, na Rua Siqueira Mendes, bem ao lado do Açaí Biruta, no bairro da Cidade Velha. O valor da passagem custa 10 reais. Antes de chegar ao porto vale até fazer um tour pelo entorno e também visitar museus, casarões antigos e as igrejas da Sé e do Carmo.

A travessia permite apreciar o contraste de dois cenários: um da selva de pedras que Belém se tornou; e o cotidiano ribeirinho.

Toda a arquitetura do restaurante é inspirada na rusticidade ribeirinha, com alguns toques mais modernos. Na palafita, bancos e mesas de madeira. O cardápio tem um preço semelhante ao praticado pela maioria dos restaurantes da ilha do Combú, por exemplo.

O tambaqui assado na brasa e a caldeirada são os pratos mais pedidos. O cardápio tem ainda drinks,sucos de fruta e o açaí.

Recanto Aimoré

Onde fica:

Furo do Nazário, na Ilha das Onças.

Como chegar:

De barcos que partem do Porto Shalon, na Cidade Velha.

Cardápio mais procurado:

Peixe assado e caldeirada paraense.

Reservas:

(91) 99278.7793

Roteiro 03 - Curuçá

Uma peixaria às margens do Rio Curuçá

Em Curuçá, no nordeste paraense, uma peixaria às margens do rio que banha e dá nome a cidade virou um dos empreendimentos mais procurados pelos turistas e visitantes da região. O restaurante ribeirinho fica na comunidade do Coqueiro e alia gastronomia ao contato com a natureza. O lugar também virou uma espécie de santuário para quem gosta de esportes aquáticos e um mergulho gostoso nas águas [salgadas] do rio.

O rio sofre a influência direta do mar, por isso não é água doce, e o nível dela varia conforme as cheias e secas.

A região é de mangue e tem uma paisagem exuberante, com um pôr-do-sol que parece uma obra de arte no céu. A plumagem das garças e guarás dão o contraste com o verde da vegetação preservada. O voo destas aves por ali ocorre principalmente no final da tarde.

A arquitetura do espaço é eclética. Agrega o rústico ribeirinho e também lembra as casas de pau-a-pique (de barro) que por muitos anos garantiram a moradia na comunidade.

A mariscada (peixe, caranguejo e camarão) tem sido o prato mais pedido, juntamente com a caldeirada e o peixe frito. As porções costumam ser generosas. O feijão preza pelo sabor caseiro e os sucos de frutas completam o cardápio.

Veja o melhor roteiro para um turismo gastronômico
📷 |Denilson D’Almeida

O acesso é pela rodovia PA-318, que dá acesso ao município de Marapanim. O curto trecho de ramal é de piçarra e, no meio do caminho, tem um igarapé de água geladinha. Se rola um mergulho nele? Com certeza.

Alguns ingredientes, insumos e temperos dos pratos são produzidos no próprio terreno onde está o restaurante. Tanto é que os vasos de pimentinha compõem a ornamentação do ambiente.

Tem ainda um chuveirão para quem quiser tirar a água salgada do corpo ou mesmo se refrescar. O aluguel dos caiaques custa R$ 25 por cada meia hora usada e tem ainda o passeio de lancha pela região. A novidade é o redário para descanso após o almoço.

Peixaria do Tubarão

Onde fica:

Comunidade do Coqueiro, em Curuçá.

Como chegar:

De carro, pela PA-318 que dá acesso a Marapanim

Cardápio mais procurado:

Mariscada, caldeirada e peixe frito.

Reservas:

(91) 98822.7275

Roteiro 04 - São Caetano de Odivelas

A vida no mangue tem seus sabores e atrativos

São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense, vive neste mês de junho a alegria dos arrastões e cortejos dos bois de máscaras. Toda noite um deste bois sai pelas ruas da cidade dando cores, ritmos e contagiando moradores e turistas. Considerando que estamos às vésperas da alta temporada de verão, a cidade - conhecida como a “terra do caranguejo" - é um roteiro obrigatório no Pará. O lugar fica distante a cerca de 100 quilômetros da capital Belém.

O acesso é pela rodovia PA-140 que está em ótimo estado de conservação, quem for lá será esculturas de caranguejo, peixe, boi de máscara e do padroeiro São Caetano no portal da cidade. Os quatro elementos definem as riquezas, belezas, manifestações culturais e religiosas de Odivelas.

A economia local é baseada na pesca, mariscagem e na tiração de caranguejo. Atividades que alavancam também a cadeia do turismo gastronômico, que é muito forte e característico da região.

Em todos os restaurantes da cidade, peixe, camarão e caranguejo serão o carro-chefe do cardápio. No entanto, o diferencial são os restaurantes que funcionam no meio do mangue. Estes ambientes proporcionam uma experiência saborosa e incrível que faz o turista refletir sobre a importância da preservação dos manguezais.

Belém, Pará, Brasil, Cidade. Retranca: ESPECIAL / SÃO CAETANO DE ODIVELAS / TURISMO - Bar e Restaurante do Careca. Gancho: Reportagem apresenta um roteiro de turismo em São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense. A cidade carrega o título de "terra do caranguejo", mas apresenta uma série de atrativos que proporcionam uma experiência singular para os visitantes. A pesca esportiva é muito forte e por ser uma região banhadas por rio de água doce e pelo mar conta com uma variedade gigantesca de espécies de peixes.Tem uma gastronomia muito característica baseada em caranguejo, peixe e camarão. 
No aspecto cultural os bois de máscara se destacam entre as manifestações que encantam o turismo. Recentemente, a cidade abriu o seu espaço urbano para o trabalho de grafiteiros e artistas visuais. . Data: 03/04/2022. Local: São Caetano de Odivelas. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará
📷 Belém, Pará, Brasil, Cidade. Retranca: ESPECIAL / SÃO CAETANO DE ODIVELAS / TURISMO - Bar e Restaurante do Careca. Gancho: Reportagem apresenta um roteiro de turismo em São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense. A cidade carrega o título de "terra do caranguejo", mas apresenta uma série de atrativos que proporcionam uma experiência singular para os visitantes. A pesca esportiva é muito forte e por ser uma região banhadas por rio de água doce e pelo mar conta com uma variedade gigantesca de espécies de peixes.Tem uma gastronomia muito característica baseada em caranguejo, peixe e camarão. No aspecto cultural os bois de máscara se destacam entre as manifestações que encantam o turismo. Recentemente, a cidade abriu o seu espaço urbano para o trabalho de grafiteiros e artistas visuais. . Data: 03/04/2022. Local: São Caetano de Odivelas. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará |Denilson D’Almeida

A agricultora Miriam Sanches, mantém um destes restaurantes no mangue. Na verdade, ela mora com o marido que trabalha tirando caranguejo. O casal recebe principalmente turistas que estão fazendo passeios de barco ou na pesca esportiva. A palafita fica num ponto de encontro dos igarapés ‘Maguari que saúda’ e ‘Tajapuru’.

O caranguejo é preparado na hora, junto com o feijão, cozinhado na lenha.

O barraco é erguido em madeira e palha, tem dois pavimentos acima do solo de argila. Cada andar é um quarto com cama de casal. Um deles tem ainda uma espécie de sala de estar. Apesar da rusticidade, a ornamentação tem todo um toque de carinho, com bibelôs e flores.

Como o acesso é pelo rio, o único meio de transporte é o barco, que precisa ser fretado. O preço varia conforme os pacotes do passeio.

Restaurante no mangue

Onde fica:

Nas ilhas de São Caetano de Odivelas.

Como chegar:

De barco (os passeios são contratados)

Cardápio mais procurado:

Caranguejo.

Reservas:

(91) 99389.8331

Roteiro 05 - Bragança

Tradição, memória e cultura faz parte da gastronomia bragantina

Bragança, no nordeste paraense, tem vida e identidade própria. Quem visita a cidade quer logo voltar para desfrutar das maravilhas que ela oferece. Praias, igarapés, música, dança, folclore e principalmente a culinária variada e de sabores únicos. Dos mariscos ao peixe, da linguiça à farinha, do tacacá à carne de sol, tudo ali é abundante e tem um jeito singular de ser preparado.

Em outras palavras, a “terra da marujada” não perde em nada para Belém quando o assunto é criatividade e gastronomia. Petiscos, pratos principais e quitutes a partir de peixes, ostras, camarão, caranguejo, jambu e tucupi - alimentos abundantes na região.

Inclusive, uma das iguarias que passou a fazer parte do cardápio do restaurante foi a ostra. Por ano, 2,5 milhões de unidades de ostras são cultivadas e comercializadas no litoral paraense, segundo o Sebrae.

Thyago Brad, chef de cozinha local, fez uma releitura do antigo bolinho de arroz, vendido por crianças nas portas das igrejas e eventos esportivos. A iguaria é encontrada no restaurante onde trabalha, no centro da cidade. "Esses quitutes levam somente massa de arroz e farinha. Na minha releitura, introduzir a massa de caranguejo para dar o toque gourmet", disse.

A marujada de São Benedito inspirou a "Mariscada São Bené", que é preparada com mexilhão, camarão, caranguejo, purê de macaxeira, tucupi e jambu. As fatias de tomate cereja lembram o vermelho da saia das marujas. É um cardápio novo, mas que leva ingredientes regionais e elementos da cultura local.

A praia de Ajuruteua, a mais conhecida e badalada da cidade, também se destaca pela gastronomia. Nos últimos anos, os restaurantes locais têm buscado se especializar na elaboração do cardápio. Um dos destaques por ali é o “caviar amazônico”, no restaurante Kial. É um petisco feito com a ova de pescada amarela, macaxeira e molho de tucupi agridoce.

"Buscamos aqueles ingredientes que as pessoas não valorizam, mas é abundante na região e rendem um cardápio saboroso e criativo", comenta Mel Oliveira, criadora do prato.

Veja o melhor roteiro para um turismo gastronômico
📷 |Denilson D’Almeida

As cozinhas regional e internacional se misturam no Salgateua, a mais famosa da região bragantina. No cardápio, salgados cujos recheios são inspirados em receitas bolivianas e paraenses, usando e abusando do jambu, tucupi e camarão.

Muitos restaurantes no centro de Bragança funcionam em casarões antigos, estilo colonial. Um deles fica de frente para a orla do rio Caeté, o restaurante Varanda onde o "Cigarrete de peixe", feito com filé de corvina, farinha de tapioca, castanha do Pará e molho pesto de jambu está entre os mais pedidos do cardápio. A sobremesa é a “baba de camelo”, receita europeia que faz sucesso na cidade.

Por onde se anda e se conhece em Bragança, há um sabor a ser experimentado.

Tour gastronômico por Bragança

Como chegar:

De carro pela BR-316 e depois PA-448

O que fazer:

- Circuito gastronômico

- Praias, igarapés

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias