O transporte coletivo é um direito dos cidadãos e dever da gestão pública na regulamentação e fiscalização dos serviços prestados pelas empresas nas cidades.
No entanto, em Belém e Região Metropolitana, moradores de alguns bairros denunciam a falta de ônibus e, até mesmo, a extinção de linhas sem aviso prévio, o que provoca inúmeros transtornos aos usuários.
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No bairro Jaderlândia, em Ananindeua, quem dependia da linha 962-Jaderlândia/Presidente Vargas está há meses vivendo uma situação caótica.
De um dia para o outro, a linha, operada pela Viação Forte, deixou de circular e cerca de 25 mil moradores do bairro e de parte do Coqueiro e Una ficaram prejudicados.
Um protesto foi feito pelos moradores na manhã desta terça-feira (5), reivindicando o retorno da operação da rota.
OUTROS BAIRROS
Já no Conjunto Maguari, em Belém, a única linha disponibilizada aos moradores do bairro, a qual já era insuficiente, ficou ainda mais comprometida. Usuários denunciam que a linha 758-Conjunto Maguari/Ver-o-Peso, que contava com quatro ônibus, agora, tem uma frota de apenas três coletivos da empresa Belém Rio.
Situação semelhante é relatada por moradores do Distrito de Mosqueiro. Nas redes sociais, os usuários denunciam que as empresas Vialoc e Transurb deixaram de operar no consórcio que faz a linha 970-Mosqueiro/São Brás, partindo dos bairros Vila e Baía do Sol, o que deixou horários vagos e passageiros sem transporte.
A situação é ainda mais caótica para os cerca de 10 mil moradores do bairro da Terra Firme que precisam da linha 326-Canudos/Praça Amazonas (Tucunduba).
A empresa que fazia a linha, Transportes São Luiz, está há quase um mês com a frota parada devido a uma greve dos rodoviários, que reivindicam salários atrasados e outros direitos trabalhistas não recebidos nos últimos meses. Até o momento, nenhuma outra empresa assumiu a rota.
O DOL entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) e aguarda um posicionamento.
CRISE
O transporte público da Grande Belém segue vivendo uma crise, a qual o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) alega ser provocada, entre outros fatores, pelo aumento do preço dos combustíveis, a falta de subsídios à operação e o preço da passagem atual, de R$4,00, defasado.
A Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), anunciou que o edital de licitação do transporte coletivo na cidade seria divulgado ainda no primeiro semestre deste ano, porém, em abril, foi aberta apenas a consulta pública sobre o tema e, até o momento, não há um prazo para a divulgação do edital.
O Ministério Público do Pará (MPPA) determinou, no dia 6 de junho, que a Prefeitura e a Semob tem até 60 dias para publicar o edital de licitação do transporte, ou serão aplicadas multas diárias de R$ 10 mil até R$ 500 mil em caso de descumprimento.
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